Uma
das maneiras de verificar o quão próximos os países estão da fronteira da
tecnologia é através do número de publicações científicas. Aumentá-las não é
uma tarefa simples. Isso requer um investimento relevante, tanto do poder
público, quanto da iniciativa privada, visando elevar o nível de capital
humano. Somente assim é possível incorporá-las no processo produtivo,
modificando a interação entre os insumos de produção de modo a elevar a
produtividade.
O
gráfico abaixo mostra os gastos totais com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como proporção do PIB (dados do
Banco Mundial) e o número de total de publicações científicas, levantados junto
ao site da Scimago Jr. para um total
70 países. Ambas as variáveis referem-se ao ano de 2011, para fins de
comparação adequada, e a segunda está em escala logarítmica. O Brasil está destacado no ponto laranja. Há uma
correlação positiva, ou seja, um maior dispêndio nas atividades de P&D, na média, tende a ser
acompanhado por um maior número de publicações. Além disso, cabe fazer uma
observação fundamental: a reta que melhor se ajustou aos dados é não linear. Ou
seja, aproximar-se da fronteira tecnológica é muito difícil, e isso requer um
aumento substancial do investimento em P&D por parte das nações.
Gastos totais com P&D e publicações cientíticas
(Em % do PIB e número de publicações)
Evidentemente, um indicador sobre o número de publicações científicas
ponderado pela sua qualidade seria muito mais robusto do ponto de vista teórico
e empírico. Todavia, mesmo essa relação trazida aqui sugere que um interessante
direcionamento para as políticas públicas e para as empresas, dando suporte ao
mais importante dos vetores de crescimento de uma economia de mercado.
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