Anualmente, o World Economic Forum (WEF) divulga um índice de competitividade global
para um total de 148 países. A vantagem do uso desse indicador diz respeito a
sua abrangência, uma vez que inúmeros fatores são levados em conta para a
composição de um ranking global. Os
valores são construídos com base em entrevistas conduzidas com mais de 14.000
executivos em todas as partes do mundo. A edição mais recente (2014-2015)
utiliza informações referentes ao ano de 2013.
Ao todo, são 12 grandes quesitos que
incluem: (i) instituições, (ii) infraestrutura, (iii) ambiente macroeconômico,
(iv) saúde e educação primária, (v) educação secundária e treinamento, (vi)
eficiência do mercado de bens, (vii) eficiência do mercado de trabalho, (viii)
desenvolvimento do mercado financeiro, (ix) velocidade de implementação
tecnológica (technological readiness),
(x) tamanho do mercado, (xi) sofisticação dos negócios e (xii) inovação. Cada
um desses pilares é avaliado sob a ótica de diversos indicadores com base nas
notas fornecidas pelos respondentes. Uma breve análise dos mesmos permite afirmar
que importam tanto os elementos da "porta
para dentro" quanto da "porta para fora" do processo produtivo das empresas.
O Brasil está na 57ª posição, atrás
de importantes pares internacionais, como Rússia (53º), Chile, (33º), China
(28º), Coreia do Sul (26º), e Singapura (2º). Entre os fatores mais
problemáticos para o ambiente de negócios no nosso País estão os já conhecidos
entraves estruturais associados ao chamado “Custo Brasil”, como: (i) má qualidade da legislação
tributária, com 18,2% das respostas, (ii) excesso de regulações no mercado de
trabalho (15,0%), (iii) oferta inadequada de infraestrutura (15,0%), (iv) elevada carga
tributária (13,5%) e (v) burocracia governamental ineficiente (12,8%).
O gráfico abaixo mostra a relação entre o ranking internacional do indicador de competitividade com o Produto Interno Bruto para cada
país (em dólares correntes, para fins de comparação, do ano de 2013). O Brasil
está destacado no ponto laranja. Há uma clara correlação positiva entre as
variáveis, ou seja, maiores níveis de competitividade estão associados, na média, a maiores níveis de geração de riqueza. Vale
destacar também que a linha que melhor se ajusta aos pontos é exponencial. Isso
significa, nesse caso específico, que avanços de uma nação em comparação com
outras na competição internacional são mais do que compensados pelo PIB per capita.
Ranking de competitividade do WEF e PIB per capita
(Posição no ranking mundial e US$ correntes - 2013)
Fonte: WEF e Banco Mundial.
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