quinta-feira, 17 de novembro de 2016

As críticas de Donald Trump à economia dos Estados Unidos fazem sentido?

Hoje o Por quê? - Economês em bom português publicou o seguinte post em sua página:
"1. O desemprego nos Estados Unidos está abaixo de 5%;
2. A inflação, perto de zero;
3. O valor dos investimentos na bolsa americana subiu mais de 150% desde a crise financeira global, iniciada em 2008.

Esse parece ser um ambiente propício para duras críticas à economia? Faz sentido Trump buscar votos com o discurso da decadência econômica americana?"
Vejam a nossa resposta:
1) O atual patamar do desemprego é condizente com as estimativas do FED para a "taxa natural", mas a taxa de participação da população na força de trabalho, hoje em 62,8%, é a mais baixa desde 1977. Esse é um indicador de disfunção do mercado de trabalho, até porque, mesmo com o desemprego baixo, os salários pouco têm crescido acima da inflação.
2) Inflação perto de zero não é saudável para a economia, pois significa um fardo grande para os detentores de dívidas e tende a postergar as decisões de consumo das famílias. Os bancos centrais dos países desenvolvidos são unânimes ao perseguir uma inflação baixa (mas não próxima a zero) e estável.
3) A valorização tão expressiva da bolsa desde 2008 está atrelada à expansão sem precedentes do balanço do FED. Como não houve enxugamento dessa liquidez, os ativos permanecem supervalorizados. Do ponto de vista da economia real, os fundamentos não justificam, nem de perto, a magnitude desse fenômeno.
Aliás, esse é outro debate importante: quanto mais o FED reluta em promover esse enxugamento da liquidez, mais ele tende a gerar distorções na economia e, consequentemente, agravar as próximas crises.
Este texto serve de complemento ao terceiro ponto.

2 comentários:

  1. Boa análise na questão do desequilíbrio entre os estímulos do FED e o excesso de liquidez no mercado, e a distorção no preço dos ativos que isso causa.

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  2. ¯\_(ツ)_/¯
    2017: a todos do blog, que fiquem atentos à picaretagem em 2017 & que vossas mentes permaneçam rápidas perante ao ilusionismo do PT.
    Um sublime 2017!

    Viva 2016!

    Em 2016 houve fato fabuloso sim, apesar de Vanessa Grazziotin falar que não, dessa forma equivocada assim:
    “O ano de 2016 é, sem dúvida, daqueles que dificilmente será esquecido. Ficará marcado na história pelos acontecimentos negativos ocorridos no Brasil e no mundo. Esse é o sentimento das pessoas”, diz Grazziotin.

    Mas, por outro lado, nem que seja apenas 1 fato positivo houve sim! É claro! Mesmo que seja, somente e só, um ato notável, de êxito. Extraordinário. Onde a sociedade se mostrou. Divino. Que ficará na história para sempre, para o início de um horizonte progressista do Brasil, na vida cultural, na artística, na esfera política, e na econômica.

    Que jamais será esquecido tal nascer dos anos a partir de 2016, apontando para frente. Ano em orientação à alta-cultura. Acontecimento esse verdadeiramente um marco histórico prodigioso. Tal ação acorrida em 2016 ocasionou o triunfo sobre a incompetência. Incrementando sim o Brasil em direção a modernidade, a reformas e mudanças positivas e progressistas. Enfim: admirável.

    Qual foi, afinal, essa ação sui-generis?
    Tal fato luminoso foi o:

    — «Tchau querida!»*

    [ (*) a «Coração Valente©» do João Santana; criada, estimulada e consumida. Uma espécie de Danoninho© ‘vale por um bifinho’. ATENÇÃO: eu disse Jo-ã-o SAN-TA-NA].

    Eis aí um momento progressista, no ano de 2016. Sem PeTê. Sem baranguice. Sem política kitsch.

    A volta de decoro ao Brasil. Basta de porralouquice.

    Feliz 2017 a todos.

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