O Conselho Monetário Nacional, formado pelo presidente formado pelo ministro da Fazenda, ministro do Planejamento e o Presidente do Banco Central do Brasil, determinou recentemente o aumento dos limites para o financiamento de imóveis via FGTS.
Essa política tem efeitos expansionistas diretos sobre dois importantes setores - imobiliário e construção civil -, além de outros impactos indiretos sobre a cadeia. Analisando somente o lado real da economia, a medida faz sentido, ainda mais no atual contexto de forte recessão pelo qual atravessamos.
No entanto, é importante lembrar que um dos principais objetivos do Banco Central, dentro do sistema de Metas para a Inflação, é assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda. Ao elevar o teto para os financiamentos imobiliários através do FGTS, a demanda tende a aumentar, o que gera pressões sobre o nível geral de preços. Eventuais ajustamentos promovidos pelo ajuste da oferta são lentos, algo especialmente válido para os dois segmentos em questão.
A falta de coordenação entre as políticas foi um problema recorrente ao longo dos últimos anos, sobretudo na Administração Rousseff. Não serviu para gerar crescimento nem contribuiu para segurar a inflação.
Os objetivos de política econômica, portanto, precisam ser consistentes.
http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/11/governo-aumenta-limite-para-financiamento-de-imoveis-pelo-fgts