tag:blogger.com,1999:blog-57125021414789764312024-03-05T14:24:56.877-03:00Economics For RealUm blog sobre análises econômicas. Conjuntura regional, nacional e internacional.Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.comBlogger146125tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-17094706581462991622018-03-07T17:20:00.003-03:002018-03-07T17:20:25.036-03:00Por quanto tempo os juros devem se manter baixos?<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Texto publicado para o Portal <a href="http://www.locusonline.com.br/2017/12/08/por-quanto-tempo-os-juros-devem-se-manter-baixos/" target="_blank">Locus</a>, no dia 08/12/2017.</b></span><br />
<br />
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A taxa básica de juros da economia brasileira (SELIC), atualmente em 7,0% a.a., representa o custo da tomada de dívida por parte do governo. A SELIC também funciona como um balizador de várias operações de crédito: quanto menor o seu nível, mais barato é o custo do dinheiro tomado de empréstimo por qualquer pessoa ou empresa. Em situações como essa, o consumo das famílias e os investimentos produtivos tendem a responder positivamente. Logo, como a roda da economia gira mais rápido, a inflação aumenta. Se, por outro lado, o objetivo envolve o controle dos preços, o Comitê de Política Monetária (COPOM) determina a elevação dos juros.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Ao longo dos últimos anos, já experimentamos ciclos de juros baixos (entre 2009 e 2010 e entre 2011 e 2013) para os padrões brasileiros, mas que não duraram muito tempo, conforme o gráfico abaixo.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-weight: 700; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Taxa SELIC – % a.a.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3cyzJ9pVHTVnNDRO9HM-5ScAG9RbkkzPKCXl7l8RpZs9UUg6Mv4UW2MembkjByhaDDK0Dc4jbZJQ-A7YQrPZRxTwsnvW9KPCm52UUSXernFHqQnS0IYUeJV_izbEjg8C_X97J8UvNNnY/s1600/SELIC.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="488" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3cyzJ9pVHTVnNDRO9HM-5ScAG9RbkkzPKCXl7l8RpZs9UUg6Mv4UW2MembkjByhaDDK0Dc4jbZJQ-A7YQrPZRxTwsnvW9KPCm52UUSXernFHqQnS0IYUeJV_izbEjg8C_X97J8UvNNnY/s400/SELIC.png" width="400" /></a></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: transparent; font-size: x-small; font-weight: 700;">Fonte: Banco Central do Brasil.</span></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Em 2009, o COPOM reduziu rapidamente os juros por conta dos efeitos da crise financeira internacional que levaram à queda do PIB do Brasil naquele ano (-0,1%). Como, no entanto, a recuperação da economia foi muito veloz já em 2010 (crescimento de 7,5%), os juros precisaram subir para evitar que a inflação acelerasse. Já entre 2011 e 2013, a SELIC caiu para a mínima de 7,25% a.a.. Os motivos que serviram de justificativa para esse fenômeno dizem respeito ao arcabouço de medidas Nova Matriz Econômica. Em primeiro lugar, o governo utilizou a política monetária e creditícia para ampliar e baratear o crédito. Também concedeu uma série de desonerações fiscais, como a da folha de pagamentos e da cesta básica, além de reduzir o valor da energia elétrica e do IPI. Por fim, segurou com mãos de ferro os chamados preços monitorados, ou seja, de produtos para os quais o poder público exerce algum controle, como combustíveis, transportes e energia. Contudo, esse excesso de intervencionismo gerou uma combinação indigesta: inflação muito alta e a maior recessão do Brasil em mais de um século de estatísticas entre 2015 e 2016, conforme o gráfico abaixo.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-weight: 700; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">PIB – Variação acumulada nos últimos 5 anos – %</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ZYYG5NkZvcNuPYnS57vQVZV_p8qhd65-iQwurYfkwRaPL44_uQztn4eebbxZ_sCoHN4mz-rg4AATkgCB4UvgdqwmuOA50Fa2diLeTBLu2Hw_Lq5SGDGCOmmK1DNvymWYSMWO-igL7UU/s1600/PIB_5_anos.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="523" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ZYYG5NkZvcNuPYnS57vQVZV_p8qhd65-iQwurYfkwRaPL44_uQztn4eebbxZ_sCoHN4mz-rg4AATkgCB4UvgdqwmuOA50Fa2diLeTBLu2Hw_Lq5SGDGCOmmK1DNvymWYSMWO-igL7UU/s400/PIB_5_anos.png" width="400" /></a></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: transparent; font-size: x-small; font-weight: 700;">Fonte: IBGE. Projeções para 2017, 2018 e 2019 do Relatório FOCUS, do Banco Central, do dia 17/11/17.</span></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Em função dessa conjuntura desfavorável, os juros precisaram subir para reequilibrar a inflação, permanecendo em 14,25% até outubro de 2016. A partir da breve análise desses eventos, cabem os seguintes questionamentos: a economia brasileira é capaz de sustentar níveis baixos da SELIC por mais tempo do que nos períodos recentes sem suscitar desequilíbrios macroeconômicos? Quais são as expectativas para o futuro dessa variável tão importante?</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Para tentar antever o que vai acontecer com os juros nos próximos anos, é necessário avaliar três quesitos fundamentais: (1) a inflação corrente, ou seja, aquela vista pelo “retrovisor”; (2) as expectativas futuras de inflação e (3) o grau de ociosidade da economia.</div>
<ol style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0px 0px 1.75em 30px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li style="background: transparent; border: 0px; line-height: 1.4; list-style-position: inside; margin: 0px 0px 10px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><u>A inflação atual:</u></li>
</ol>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O IPCA encerrou os últimos 12 meses terminados em outubro em 2,7%. Vale lembrar que o Brasil trabalha com um sistema de Metas para a Inflação, que determina que o índice deve encerrar cada ano em 4,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, os preços estão bem-comportados.</div>
<ol start="2" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0px 0px 1.75em 30px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li style="background: transparent; border: 0px; line-height: 1.4; list-style-position: inside; margin: 0px 0px 10px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><u>As expectativas futuras de inflação:</u></li>
</ol>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Ademais, as expectativas de inflação para o futuro estão ancoradas em torno do centro da meta para os próximos anos (4,02% em 2018, 4,25% em 2019 e 4,0% em 2020).</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Caso o cenário não fosse esse, e tomando como verdadeira a premissa de que o Banco Central estivesse comprometido em manter a estabilidade do poder de compra da moeda, os juros teriam de subir.</div>
<ol start="3" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0px 0px 1.75em 30px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li style="background: transparent; border: 0px; line-height: 1.4; list-style-position: inside; margin: 0px 0px 10px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><u>O grau de ociosidade da economia:</u></li>
</ol>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<u>Ociosidade da indústria:</u> no caso do nível de atividade, devemos observar algumas das medidas que medem a capacidade ociosa da economia. Os dados da Utilização da Capacidade Instalada – efetiva em relação à planejada – da CNI ainda mostram subutilização ainda considerável do parque produtivo nas indústrias brasileiras. O último levantamento, referente ao mês de outubro, aponta para 43,0 pontos, ou seja, bem abaixo da linha de 50, que denota a UCI de acordo com a projetada pelas firmas. A interpretação dessa estatística deve ser vista de duas maneiras. Por um lado, a notícia é boa para a retomada da economia, uma vez que o aquecimento da demanda pode ser suprido rapidamente pela oferta. Por outro lado, trata-se de algo ruim para os investimentos: não faz sentido para o empresariado elevar a capacidade produtiva enquanto houver muita ociosidade do maquinário.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<u>Ociosidade da mão de obra:</u> outro aspecto fundamental diz respeito ao uso de mão de obra, fator de produção fundamental em qualquer atividade econômica. A taxa de desemprego, mesmo que em leve trajetória de queda desde o segundo trimestre, segue em patamares muito altos de acordo com a PNAD Contínua do IBGE, fechando o período entre agosto e outubro em 12,2% da População Economicamente Ativa (PEA). Como há muitos trabalhadores disponíveis e a disputa entre as firmas por esses profissionais é pequena, a pressão sobre os salários e, consequentemente, sobre a inflação é reduzida.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<u>Ociosidade do total da economia:</u> aqui é possível analisar o hiato do produto, divulgado pelo IPEA. Os dados mostram que há espaço suficiente para o PIB cresça acima do potencial não só em 2018, como também em 2019 e 2020. Dito de outra forma, o indicador mostra que a demanda total ainda permanecerá inferior a oferta, ou seja, a capacidade máxima de produção de bens e serviços.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<u>Nossa projeção:</u></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Portanto, os elementos aqui considerados indicam que a economia brasileira deve conviver com juros baixos pelos próximos anos. Essa expectativa é corroborada pelo mercado financeiro, que projeta a taxa básica de juros para o fim de 2019, 2020 e 2021 em 8,0% a.a.. Ao contrário do período entre 2011 e 2013, a atual escolha de política monetária não deverá causar prejuízos do ponto de vista da estabilidade macroeconômica.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 16px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Contudo, mesmo com a SELIC no menor valor da história, o Brasil seguirá ocupando o quarto lugar no <em style="background: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ranking</em> dos países com as maiores taxas de juros do mundo, somente atrás da Argentina, da Rússia e da Turquia. Outro ponto importante nessa discussão nos remete à estrutura, ou seja, por que o Brasil convive com essa realidade há tanto tempo? Esse será justamente o tema do nosso próximo artigo.</div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-66577098386314239732017-09-05T13:31:00.001-03:002017-09-05T13:31:13.042-03:00Informalidade e produtividade: o que dizem os dados?<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Os efeitos da informalidade da mão de obra não estão circunscritos apenas ao mercado de trabalho e à qualidade dos vínculos. No âmbito social, trabalhadores sem carteira assinada são consideravelmente mais vulneráveis em comparação com seus pares que gozam de formalização, pois não estão habilitados ao uso dos programas governamentais criados para suavizar a renda ao longo do tempo, como o Seguro Desemprego em caso de perda do vínculo, aposentadoria (por idade ou por invalidez), além de outros benefícios. A ausência no recolhimento de impostos também gera um fardo para as finanças públicas, em virtude da queda de arrecadação.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O alvo desse artigo diz respeito a outro elemento muito importante do ponto de vista econômico: a relação entre informalidade e o nível de produtividade dos países. Empresas “frias” dispõem de uma vantagem competitiva porque não cumprem com as obrigações impostas pela lei, resultando em custos mais baixos. Por outro lado, há um limite para que venham a gerar economias de escala e, consequentemente, maiores vendas e crescimento. As firmas sob essa condição, por exemplo, podem acessar linhas de crédito específicas, mas estão sujeitas a taxas de juros ainda mais elevadas do que as praticadas para as que dispõem de CNPJ. Como resultado, a demanda por recursos para o subconjunto em questão é naturalmente menor.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Esse fenômeno prejudica o processo de “destruição criativa” da economia, no qual as firmas menos eficientes dão lugar às de maior produtividade. Sem esse processo, a inovação tecnológica, um dos principais motores do aumento da renda, tende a diminuir consideravelmente.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Vamos analisar essa questão a partir dos dados do gráfico abaixo, que mostra a relação existente entre o percentual da mão de obra que se declara empregador por conta própria (proxy para informalidade) e o nível da produtividade, medido pelo PIB (PPP) por hora trabalhada para um conjunto de 60 países, a partir das estatísticas do Banco Mundial e da Conference Board, respectivamente. Para evitar distorções relativas à escolha de um ano específico, procedeu-se a média aritmética das variáveis entre 2010 e 2013. Há uma clara correlação negativa entre as séries (-0,72), ou seja, nações onde há maior informalidade do trabalho estão associadas a níveis mais baixos de produtividade. O Brasil está destacado no ponto laranja. Os valores podem ser consultados no link abaixo,</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<b>Informalidade e produtividade</b></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<b>(% das pessoas que se declara empregador por conta própria e PIB por hora trabalhada (em US$ PPP de 2016)</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIImzk9qbcGTo_UMv0ry51YQ_bMGiPLw06Tym8W-F8It_HhNSyRAh6tpENa_OIn6WTJFW0uQDiZRZ4gbJb00yPZu0Q_laF6oxZPRiNfJGYdz23LidehK2BxxuFOQr15-5sPKcEp-XqMFY/s1600/InformalidadexProd.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="281" data-original-width="548" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIImzk9qbcGTo_UMv0ry51YQ_bMGiPLw06Tym8W-F8It_HhNSyRAh6tpENa_OIn6WTJFW0uQDiZRZ4gbJb00yPZu0Q_laF6oxZPRiNfJGYdz23LidehK2BxxuFOQr15-5sPKcEp-XqMFY/s400/InformalidadexProd.png" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Que tal investigarmos o caso do Brasil com um pouco mais de detalhe, relacionando-o com o ciclo da economia? Para tanto, vamos analisar a relação entre o Índice de Formalidade da mão de obra (compilado pelo Ministério do Trabalho) e o PIB, medido pela sua proxy mensal, o IBC, do Banco Central. Após o cálculo da variação acumulada em 12 meses para ambas as séries, verificamos uma correlação muita alta entre ambas (0,88), conforme o segundo gráfico ao lado (versão interativa nos comentários). É importante notar que a tendência do IBC parece antecipar os movimentos do Índice de Emprego Formal, reforçando a ideia de rigidez existente no mercado de trabalho brasileiro.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<b>IBC-BR e Índice de Emprego Formal</b></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<b>(Var. % acumulada em 12 meses)</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqbPlgHx0uPRFReJ7TlJiW3GzW7T_qhS7u0BSTKuJLX6sWtR4F5e_i9Q4keekqbLsmeFH24m0XEXaN0XGWVKHFml3RjAipq7Fgs_tGSEFPF4WBZlYyQ9yxW37oA3p6DumqAumFGoK4M9A/s1600/PIB_Emprego+Formal.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="273" data-original-width="548" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqbPlgHx0uPRFReJ7TlJiW3GzW7T_qhS7u0BSTKuJLX6sWtR4F5e_i9Q4keekqbLsmeFH24m0XEXaN0XGWVKHFml3RjAipq7Fgs_tGSEFPF4WBZlYyQ9yxW37oA3p6DumqAumFGoK4M9A/s400/PIB_Emprego+Formal.png" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Contudo, como correlação não implica em causalidade, vamos realizar o teste de causalidade de Granger. A função Varselect do R indica que o número de lags ótimo para o teste é 4, de acordo com três dos quatro critérios de informação (AIC, HQ e FPE). O p-valor do teste para IBC Granger-causa o Emprego Formal é de 3,104e-05. Por sua vez, a estatística para Emprego Formal Granger-causa o IBC é de 2,161e-07.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Os resultados dos testes, portanto, apontam para a existência de dupla relação de causa no sentido de Granger. Nesse sentido, o crescimento da economia é benéfico para elevar a formalidade, ou seja, a existência de mais ou menos trabalhos com carteira assinada apresenta um componente cíclico, determinado pelas flutuações do PIB. Além disso, as ações específicas para combater a informalidade, no sentido de reduzir os custos para contratar e demitir trabalhadores, também geram efeitos benéficos para o crescimento sustentado do nível de atividade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Gráficos interativos:</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Informalidade e produtividade: <a class="" dir="ltr" href="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Frpubs.com%2Foscarfrank%2F304239&h=ATM3Sbzb86ucpN1eZACgJLwsCzvoYEDEgNieUPLS_yOuf5Kuj0G_xRgt8kOPrip-UWV30eODMujaAN8TM5yDVfUlx4VheBypZkO6QJNY4HQ-KnAAi8bylSK_ulEdVJVX8FRs5Obu" rel="nofollow noopener" style="background-color: #f6f7f9; color: #365899; cursor: pointer; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://rpubs.com/oscarfrank/304239</a></div>
<div style="text-align: justify;">
IBC-BR e Índice de Emprego Formal: <a class="" dir="ltr" href="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Frpubs.com%2Foscarfrank%2F304240&h=ATOtswiiOsIn6lgjd5VOvKl2s8dYK6tIU2KXrZ8iKVjOXuOtM69t3En_SF10FdX9qshgMiIlkjJ0ESPtEa6Aa9t69Al8pp3JqZ90Ma4pH74qC5TI9Wg5iWRKtAj65GSHnZlzNTCu" rel="nofollow noopener" style="background-color: #f6f7f9; color: #365899; cursor: pointer; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://rpubs.com/oscarfrank/304240</a></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-50957436695549949022017-08-29T11:58:00.001-03:002017-08-29T11:58:09.509-03:00Queda da taxa de desemprego: não há o que comemorar<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="fa5ui-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fa5ui-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O mercado de trabalho é um dos principais pontos de fragilidade da economia brasileira, despertando a atenção de especialistas e do governo. A interação entre ofertantes e demandantes de mão de obra apresenta grande relevância para explicar a dinâmica do consumo das famílias e dos serviços, componentes que respondem pela esmagadora maioria do PIB pelas óticas da demanda e da oferta, respectivamente.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="cd2h6-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cd2h6-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="cd2h6-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="5s79n-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5s79n-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="5s79n-0-0"><span style="font-family: inherit;">Recentemente, o IBGE divulgou os dados mais recentes da PNAD-Contínua. Trata-se da principal pesquisa em âmbito nacional que permite o acompanhamento de importantes variáveis do mercado de trabalho. A aparente melhora da taxa de desemprego na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2017 foi um dos destaques veiculados pelas principais mídias. Entretanto, a análise dessa estatística, isoladamente, esconde algo preocupante.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="40jni-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="40jni-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="40jni-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="412fb-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="412fb-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="412fb-0-0"><span style="font-family: inherit;">Apesar da queda do percentual de trabalhadores sem ocupação no período, de 13,7% para 13,0% (sem levar em consideração os efeitos sazonais), houve uma piora na qualidade dos vínculos. Em primeiro lugar, o número de postos de trabalho com carteira assinada no setor privado apresentou leve queda em termos absolutos entre abril e junho em relação a janeiro e março, mantendo trajetória ininterrupta de retração desde o início de 2014.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="92hkj-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="92hkj-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="92hkj-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="a76c5-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a76c5-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="a76c5-0-0"><span style="font-family: inherit;">Ao mesmo tempo, o total de trabalhadores informais na iniciativa privada aumentou em aproximadamente 450 mil nessa base de comparação: de 10,2 milhões para 10,6 milhões. Como resultado, voltou para o mesmo nível visto em 2013. De acordo com a definição metodológica, a inexistência de formalização também caracteriza vínculo empregatício.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="7598k-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7598k-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="7598k-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="bi0ae-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bi0ae-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="bi0ae-0-0"><span style="font-family: inherit;">O baixo dinamismo da atividade econômica também provocou a elevação dos trabalhadores por “conta-própria” – aqueles que decidem abrir seu próprio empreendimento e não contam com funcionários. O total desse subconjunto da população avançou de 22,1 milhões para 22,5 milhões.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="d6ee4-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="d6ee4-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="d6ee4-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="7f4e-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7f4e-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="7f4e-0-0"><span style="font-family: inherit;">Seguindo a definição sugerida por Barbosa Filho e Moura, a taxa de informalidade, medida pela proporção entre trabalhadores sem carteira e os empregados (com e sem carteira), aumentou 0,8 ponto percentual na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2017, consolidando tendência de alta iniciada em meados de 2016, conforme o gráfico abaixo. É o pior resultado desde 2012, quando a pesquisa começou. Consulte a versão interativa do mesmo aqui: http://rpubs.com/oscarfrank/302683</span></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7f4e-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="7f4e-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQoamSFWxjJfAbg8vkXtGmdKAaEusfw0m5KCQfFPevKiCjMURUOawOCP1fISwSFk2gBzPl6FCqiBCFsXDyigDaEQbWblvuPbs9dEL7-ueBmupsipaToMnMwlYEnPfHkR1_J8rbwm9JehU/s1600/Taxa+de+Informalidade.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQoamSFWxjJfAbg8vkXtGmdKAaEusfw0m5KCQfFPevKiCjMURUOawOCP1fISwSFk2gBzPl6FCqiBCFsXDyigDaEQbWblvuPbs9dEL7-ueBmupsipaToMnMwlYEnPfHkR1_J8rbwm9JehU/s400/Taxa+de+Informalidade.png" width="400" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7f4e-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="1ov4k-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1ov4k-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="1ov4k-0-0"><span style="font-family: inherit;">As consequências do aumento dessa variável são bastante indesejáveis do ponto de vista econômico, social e para a sustentabilidade das finanças públicas, conforme texto que ainda está em desenvolvimento pelo blog.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="93njv-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="93njv-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="93njv-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="7qane-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7qane-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="7qane-0-0"><span style="font-family: inherit;">Portanto, a queda da taxa de desemprego ocorreu concomitantemente à piora na composição do mercado de trabalho. Conforme já vimos anteriormente, essa é a última ponta por onde a retomada econômica se manifesta, em função dos custos elevados para contratar e demitir no Brasil. Por essa razão, os sinais de recuperação do nível de atividade precisam ser mais consistentes para elevar novamente o número de postos de trabalho formais.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="agg5e-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="agg5e-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="agg5e-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="76de5-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="76de5-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="76de5-0-0"><span style="font-family: inherit;">Referência: Evolução Recente da Informalidade no Brasil: uma Análise Segundo Características da Oferta e Demanda de Trabalho (2012) - Texto para discussão número 17 - FGV</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9cm5f" data-offset-key="f2ot2-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f2ot2-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="f2ot2-0-0"><span style="font-family: inherit;">Autores: Fernando Holanda Barbosa Filho e Rodrigo Leandro de Moura</span></span></div>
</div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-82348159022592276392017-08-24T10:52:00.001-03:002017-08-24T10:52:28.259-03:00Esclarecimentos sobre o novo valor do Salário Mínimo<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O novo valor do Salário Mínimo para 2018 ainda repercute negativamente junto à população brasileira. Alguns veículos e mídias foram responsáveis por distorcer o anúncio feito pelo governo, gerando enorme confusão. O objetivo desse texto é explicar o que aconteceu para evitar a propagação de desinformação.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É preciso deixar claro que não haverá queda do Salário Mínimo no ano que vem: o que existe, na realidade, é a expectativa de menor crescimento. O valor atual, de R$ 937, deverá alcançar R$ 969 (alta de 3,4%) conforme a nova projeção, e não mais R$ 979 (avanço de 4,5%). A mudança está prevista na Lei 13.152/2015, que rege a política de valorização do Mínimo. Segundo a regra vigente, o reajuste deve levar em conta a variação do PIB de dois anos atrás em relação ao período de referência, acrescida da inflação (medida pelo INPC) do ano imediatamente anterior. Desde 2008, a correção da quantia mínima recebida por um trabalho formal (com carteira assinada) segue de perto esse preceito, conforme o gráfico abaixo. Consulte a versão interativa aqui: <a data-ft="{"tn":"-U"}" data-lynx-mode="async" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Frpubs.com%2Foscarfrank%2F301704&h=ATNOYQW6kthiJPrGsGYw61zFPFHEc3L0a2o_rvuBhXCiWEA6vLEU2hK4SDhKQ0EPuyT5IeWLGpz8V53fm7uPFkVKsANjWLeUpp6LB3-qEb-vpul0zwq7bLeinVP4vFy4FP1LND4rLr9deY8uugnK8l4Bl34f-EzhU5gYkG3Gi1P8LSF5OLN0D2L3UyGZgqnOZwEr2GQLaYri5_A9n7nACH3xUDyoi7eu7dwgBEYJOgwq8svPPKDC3kmod6g1V4fx9vUR2yFvhO699WAPUrsgijYv86MyPBy3" href="http://rpubs.com/oscarfrank/301704" rel="noopener" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://rpubs.com/oscarfrank/301704</a></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<b>Salário Mínimo e Regra de reajuste</b></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<b>(variação % em relação ao ano anterior)</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ZbU4FjNMsrn-NN6G3T3ZrBEELeikS5zY2EOKa_l7ljHN57yQlXcb9Exo2zkKAvpQhmVKjFzGlzCGfazx0Y-1wjptqXhsUY1iyyvIj-HfKS73P-ED7y-huBV0I1qJK65M5v-8bgoFxBU/s1600/SM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="620" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ZbU4FjNMsrn-NN6G3T3ZrBEELeikS5zY2EOKa_l7ljHN57yQlXcb9Exo2zkKAvpQhmVKjFzGlzCGfazx0Y-1wjptqXhsUY1iyyvIj-HfKS73P-ED7y-huBV0I1qJK65M5v-8bgoFxBU/s400/SM.png" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No caso de 2018, deve-se considerar, em primeiro lugar, a variação do PIB de 2016 (-3,6%). Caso o princípio legal fosse seguido à risca, a recessão do ano passado deveria contribuir para reduzir o Salário Mínimo. Todavia, existe um preceito tácito já aplicado pelo governo nesse ano: eventuais quedas da atividade econômica, como em 2015, não contribuem negativamente para o reajuste. Esse fator, portanto, é neutro na aplicação da correção. Isso posto, resta como alternativa investigar o comportamento da inflação.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">À época do anúncio da Lei de Diretrizes Orçamentários (LDO) de 2018, em abril desse ano, a projeção para o INPC por parte do governo era de 4,5%, muito próxima da mediana das expectativas de mercado conforme o Relatório FOCUS, do Banco Central, naquela ocasião. Agora o INPC esperado pelas instituições financeiras participantes do Relatório em 2017 é de 3,5%. Ou seja, houve apenas uma readequação do valor do Mínimo com base nos números mais recentes. Isso, contudo, pode mudar, uma vez que a inflação acumulada em 2017 só será conhecida no início de 2018.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O alívio gerado junto às contas públicas pelo menor crescimento do Mínimo é de R$ 3 bilhões, fruto da existência de benefícios assistenciais e previdenciários atrelados ao seu nível. Entretanto, essa ainda é uma economia muito pequena, diante do tamanho do rombo existente nas contas públicas. Recentemente o governo anunciou a nova meta para o resultado primário em 2017 e 2018, ou seja, da diferença entre receita e despesa sem levar em consideração o pagamento de juros da dívida: déficit de R$ 159 bilhões.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É importante lembrar que a regra de correção do Salário Mínimo contribui para aumentar a indexação da economia, ou seja, eleva a inércia inflacionária porque devolve automaticamente toda a inflação acumulada no período anterior. A boa teoria econômica nos diz que ganhos salariais acima da produtividade não geram aumento do poder de compra porque são compensados pelo aumento do nível geral de preços.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Outro ponto importante para reflexão diz respeito ao uso do PIB na composição da regra, dado que essa variável não mede produtividade. É perfeitamente possível, por exemplo, que o total de bens e serviços da economia cresça em valores absolutos, mas que o produto por unidade de mão de obra seja menor. Há, muitas vezes, dificuldade no tocante à obtenção de uma medida da produtividade agregada da economia, que leve em consideração as particularidades de cada um dos setores produtivos.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O menor crescimento do Mínimo também repercute sobre alguns estados diretamente. Alguns deles, como na Região Sul e alguns do Sudeste adotam a política de Piso Regional, que nada mais é do que a valorização do Mínimo nacional. Na medida em que esse avança menos, o avanço esperado para as Unidades da Federação também é menor.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Portanto, o novo reajuste esperado para Mínimo para 2018 apenas segue a regra estipulada para a sua correção anual. O valor deverá crescer menos por conta da queda esperada da inflação.</span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-79199707244622464232017-08-02T11:59:00.002-03:002017-08-02T11:59:38.907-03:00Como calcular o impacto do reajuste dos combustíveis sobre a inflação?<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em função da dificuldade de atingir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões em 2017, o governo determinou o aumento do PIS/COFINS sobre os combustíveis. Segundo estimativas oficiais, a medida deve gerar aproximadamente R$ 10 bilhões para os cofres públicos. Além do efeito sobre o lado fiscal, a elevação do imposto também repercute sobre o nível geral de preços da economia. O objeti<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">vo desse artigo é estimar o impacto das novas alíquotas sobre o IPCA, além de discutir seus desdobramentos para a política monetária.</span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline;">
<span style="font-family: inherit;"><div style="margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
A primeira etapa consiste na obtenção dos preços médios ao consumidor para cada um dos três tipos de combustíveis antes da vigência das novas regras, de acordo com os dados da ANP. Conforme o anúncio, os incrementos foram de R$ 0,4109 para a gasolina, R$ 0,1218 para o etanol (já considerando o erro prévio de cálculo do governo e sua correção) e R$ 0,2135 para o óleo diesel. De posse dos valores iniciais e finais, é possível calcular a variação dos preços.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
O segundo elemento essencial para o cômputo diz respeito ao peso de cada um dos respectivos itens no índice oficial de inflação do Brasil do mês de junho, de acordo com a pesquisa mensal do IBGE. A influência é gerada a partir da multiplicação dos ponderadores pela variação dos preços. O resultado final é de acréscimo de 0,5 ponto percentual no IPCA, número consistente com o apontamento da última nota do Comitê de Política Monetária (COPOM). A síntese dos resultados está na tabela abaixo.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTzzJnfsSluOzbF_YI79l2nWNfP112WnupD5oATPL-hs90p9DRZzLETp247uoOOHIrEpc4eDPQ3ZWhpv0Q2Hi524dhi8ynhSk1bvvkD0DA8-Gsw7SY_7SR7Gand_J5NHOBVjfUE2xRECk/s1600/Combust%25C3%25ADveis_IPCA.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="132" data-original-width="462" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTzzJnfsSluOzbF_YI79l2nWNfP112WnupD5oATPL-hs90p9DRZzLETp247uoOOHIrEpc4eDPQ3ZWhpv0Q2Hi524dhi8ynhSk1bvvkD0DA8-Gsw7SY_7SR7Gand_J5NHOBVjfUE2xRECk/s400/Combust%25C3%25ADveis_IPCA.png" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Vale lembrar que essa estimativa leva em consideração apenas o impacto direto do reajuste. Isso se deve ao fato de que o diesel, por exemplo, é intensivamente utilizado para o transporte de inúmeras cargas. A Associação Brasileira de Logística e Transporte de Cargas (ATNC) aponta, por exemplo, que o diesel responde por 40% do custo do frete.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Ainda que o impacto sobre a inflação não seja desprezível, o cenário ainda é relativamente confortável para a extensão do ciclo de queda da Taxa SELIC. A mediana das expectativas de mercado do IPCA, com base no Relatório FOCUS, apontava para 3,29% no acumulado de 2017 em 14 de julho. Mantidas as demais variáveis constantes, a projeção deverá crescer para 3,8%, valor que ainda está muito distante do centro da meta, de 4,5%. Diante da fraqueza do nível de atividade e do mercado de trabalho, e como as incertezas recentes de ordem política produziram impactos neutros sobre o quadro inflacionário, o aumento dos combustíveis não alterou o ritmo de corte dos juros básicos da economia em 1,00 ponto percentual, conforme anúncio realizado na semana passada.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
A elevação da alíquota sobre os combustíveis, portanto, não deve causar mudanças na política monetária no futuro, uma vez que a dinâmica inflacionária segue benigna.</div>
</span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-21443003342878972612017-07-14T14:05:00.003-03:002017-07-14T14:05:53.778-03:00BNDES: formas de financiamento e estimativa do custo com equalização de juros<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Amigos,</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Esse vídeo trata de um assunto em voga no debate econômico atual: o BNDES. Você sabe quais são as suas fontes de financiamento? Quer ter uma ideia da magnitude do custo arcado pelos pagadores de impostos com os empréstimos subsidiados pelo Banco -- a chamada equalização de juros? Quer entender um pouco da polêmica envolvendo a criação da TLP e a extinção da TJLP? Então confira abaixo!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/A04NPWAtXJI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/A04NPWAtXJI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-41752323390589189502017-07-10T16:54:00.002-03:002017-07-10T16:56:04.759-03:00Por que a arrecadação de impostos ainda não reagiu?<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O PIB do Brasil entre janeiro e março cresceu 1,0% em relação aos três últimos meses de 2016, na série com ajustamento sazonal. Foi o primeiro resultado positivo desde o quarto trimestre de 2014 (+0,3%) e o melhor nessa base de comparação desde o segundo trimestre de 2013 (+2,3%), de acordo com o levantamento do IBGE. Como já vimos em outro artigo, <a href="http://econforreal.blogspot.com/2015/02/ajuste-fiscal-doloroso-lado-das-receitas.html" target="_blank">a arrecadação de impostos é pró-cíclica, ou seja, responde positivamente às variações do nível de atividade</a>. Entretanto, os dados mostram que o incremento das receitas federais do governo nesse período foi anêmico: no acumulado de janeiro até março de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, houve elevação de apenas 0,08% em termos reais, ou seja, desconsiderando os efeitos da inflação medida pelo IPCA. No acumulado dos cinco primeiros meses do presente ano, a alta é de 0,35%.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O objetivo desse artigo é tratar dos motivos que explicam esse aparente paradoxo.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Para entender essa questão, é necessário analisar as estatísticas desagregadas das Contas Nacionais. Na abertura pela ótica da oferta, a agropecuária foi o grande destaque (+13,4%). A supersafra de grãos, favorecida pelas condições climáticas e pela base de comparação deprimida, contribuiu para o resultado. Segundo as estimativas da CONAB, o aumento esperado de produtividade da safra 16/17 de grãos em comparação com a imediatamente anterior, variável que determina em boa medida o valor adicionado pelo setor primário, é de 21,1%. Já na abertura pela ótica da demanda, as exportações apresentaram grande relevância, com avanço de 4,8%. A recuperação dos preços internacionais, sobretudo das commodities, explicam a maior parte do fenômeno. Os preços dos produtos básicos exportados pelo Brasil, por exemplo, aumentaram 35,3% entre janeiro e junho.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Contudo, as categorias que alavancaram o PIB são justamente as que apresentam o menor potencial de arrecadação de impostos. Em primeiro lugar, a agropecuária está entre os ramos menos tributados, como mostram as estimativas de carga tributária setorial da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). Enquanto a carga para a agropecuária e a indústria extrativa é de apenas 6,3%, a média da economia atinge 28,2%. Vale lembrar que os impostos averiguados pela pesquisa incluem PIS/COFINS, INSS e ICMS, descontados os subsídios. Por sua vez, as exportações apresentam diversas desonerações, conforme a legislação vigente.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em estudo do Instituto Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, publicado no mês de abril, os autores afirmam que o grande motor da arrecadação é a absorção doméstica, composta pelo consumo das famílias e os investimentos, e não o PIB como um todo, que além desses também inclui os gastos do governo e o setor externo – a diferença entre exportações e importações. E foi justamente a absorção doméstica a causa principal da brutal recessão iniciada ainda em 2014 e que ainda impõe um fardo considerável para a expansão da renda.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O comportamento esperado dessa variável nos próximos meses inspira preocupação. Enquanto o consumo das famílias deve se manter arrefecido em função da deterioração do mercado de trabalho, que <a href="http://econforreal.blogspot.com/2016/06/quando-taxa-de-desemprego-deve.html" target="_blank">responde com defasagem ao ciclo econômico</a>, a retomada dos investimentos produtivos deve ser ainda mais lenta do que o esperado, em função do impacto negativo da crise política, da demora em aprovar as reformas e da própria recuperação letárgica da economia sobre a confiança dos empresários.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Portanto, a agropecuária e as exportações, os setores mais dinâmicos da economia brasileira no momento, não devem contribuir tanto para a arrecadação de impostos e, consequentemente, para o ajuste fiscal. Logo, a necessidade de controle dos gastos públicos para melhorar as contas públicas e recuperar a capacidade do estado em realizar políticas anticíclicas aumenta. Outra alternativa, bem mais dolorosa do ponto de vista da atividade, envolve a majoração de impostos. Todavia, como artigos recentes demonstram, ajustes fiscais calcados no corte de gastos são muito mais benéficos em comparação com a elevação dos tributos, uma vez que a primeira alternativa praticamente não traz prejuízos do ponto de vista do crescimento econômico meses depois de sua implementação.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Arrecadação federal de impostos</b></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><i>(Deflacionada pelo IPCA acumulado até jun/17 | Variação % acumulada entre janeiro e maio de cada ano em relação ao mesmo período do ano anterior)</i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlBYgPm6AziFxhLQWgNCZr53WSQSNKvB8dzukHgHCV471pAqJ0V8ONR-3XUxvsoSiU2Gt1dbp_MuVDUapXAVsxtU2n9xPVPfqtws0aeLzQoB85Va3ZVWIbEUlY4X1HW4wjWFUC-2lay_Y/s1600/Arrecada%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="328" data-original-width="663" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlBYgPm6AziFxhLQWgNCZr53WSQSNKvB8dzukHgHCV471pAqJ0V8ONR-3XUxvsoSiU2Gt1dbp_MuVDUapXAVsxtU2n9xPVPfqtws0aeLzQoB85Va3ZVWIbEUlY4X1HW4wjWFUC-2lay_Y/s400/Arrecada%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Fonte: Receita Federal.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Confira o gráfico interativo aqui: </span><a href="http://rpubs.com/oscarfrank/290418" rel="nofollow noopener" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://rpubs.com/oscarfrank/290418</a></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-67058013143477795522017-07-05T13:59:00.001-03:002017-07-05T13:59:35.535-03:00Decomposição do crescimento econômico do Brasil<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">Esse vídeo aborda a decomposição do crescimento econômico do Brasil realizada pelo IPEA em sua Carta de Conjuntura número 34. Além de explicar o porquê </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;">essas estimativas são úteis e o significado da Produtividade Total dos Fatores, comentamos os resultados e as suas relações com cada período histórico. Por fim, mostramos qual deve ser a fonte geradora de crescimento econômico caso o Brasil queira aumentar sua renda de maneira sustentada.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/MqfQy7h53cg/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/MqfQy7h53cg?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><br /></span></span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-52147245865982998012017-06-26T21:16:00.003-03:002017-06-26T21:17:19.796-03:00Índice de Surpresa Inflacionária<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Mesmo em um ambiente contaminado por incertezas de ordem política e econômica, o cenário inflacionário representa um dos poucos elementos capazes de auxiliar o processo de retomada. A dinâmica favorável do IPCA, as expectativas bem ancoradas, a atividade combalida, o comportamento benigno dos preços dos alimentos e a adoção de um comprometimento futuro com o ajuste fiscal (PEC do Teto) são algumas das causas responsáveis pelo atual ciclo de queda da SELIC. A redução da taxa básica de juros, entre outros efeitos, melhora a situação financeira dos consumidores e dos empresários, aumentando sua propensão ao consumo, aos investimentos e aos demais tipos de gastos.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O objetivo deste artigo é mostrar como o Índice de Surpresa Inflacionária pode ser útil, especialmente para os analistas cujo interesse é a política monetária brasileira.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O indicador é composto pela diferença entre (1) a mediana das previsões do mercado financeiro do Relatório FOCUS, do Banco Central e (2) a inflação efetiva, calculada pelo IBGE. Com relação ao primeiro, foram selecionadas as últimas estimativas para cada mês, exatamente um dia antes da divulgação da estatística oficial. É justamente a distância entre a expectativa feita com o melhor conjunto de informação disponível pelo mercado e o dado consolidado que chamamos de “surpresa”. Valores positivos indicam que o IPCA, calculado pelo IBGE, foi inferior à expectativa, e vice-versa.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O gráfico abaixo mostra a soma acumulada em 12 meses da Surpresa Inflacionária para toda a série histórica, com início em março de 2001. Em primeiro lugar, destaca-se que a variável permaneceu no terreno negativo ao longo da maior parte desse período, mostrando especial resiliência entre 2008 e 2016, anos para os quais o IPCA fechou próximo ou mesmo acima da meta de inflação de 6,5%. Nesse período, como demonstram os índices de credibilidade, o Banco Central teve dificuldades em ancorar as expectativas, o que gerou, além da aceleração da inflação, surpresas inflacionárias negativas. Você pode conferir o gráfico interativo através desse link: </span><span style="font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"> </span><a href="http://rpubs.com/oscarfrank/287540" rel="nofollow noopener nofollow" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; text-decoration-line: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">http://rpubs.com/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>oscarfrank/287540</a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPJ0qqzPzPISMYAX_ItRuwSqRyrKz-ynzc451CMhWEdaCH2W8_vHz1X81wEp-j-l0tgnaSZvPoHhbOy6aHniIOUuCkYQsvmpFgA2lzpKjyoF1xJlwvAKb3mJWQOkXWKKYQbkORV6xxNFQ/s1600/Surpresa+Inflacion%25C3%25A1ria.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="276" data-original-width="481" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPJ0qqzPzPISMYAX_ItRuwSqRyrKz-ynzc451CMhWEdaCH2W8_vHz1X81wEp-j-l0tgnaSZvPoHhbOy6aHniIOUuCkYQsvmpFgA2lzpKjyoF1xJlwvAKb3mJWQOkXWKKYQbkORV6xxNFQ/s400/Surpresa+Inflacion%25C3%25A1ria.png" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Vale ressaltar também que o dado mais recente nunca foi tão alto: já são 0,62 pontos percentuais no acumulado em 12 meses com término em maio. Ou seja, as surpresas inflacionárias são favoráveis, o que abre espaço para que a autoridade monetária estenda o ciclo de redução dos juros mantendo o poder de compra da moeda.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Outro período interessante para análise está entre meados de 2011 e 2013, quando o Banco Central iniciou um ciclo de queda da SELIC mesmo com a inflação bastante pressionada. A surpresa inflacionária piorou ao longo de boa parte de 2012 até meados de 2013, gerando controles pontuais sobre os preços de alguns dos produtos monitorados pelo governo visando o cumprimento da meta, além de grande uso dos swaps cambiais para evitar a desvalorização da taxa de câmbio e, consequentemente, seus impactos sobre os preços (efeito pass-through). Com o esgotamento da estratégia e o recrudescimento das pressões inflacionárias, a política monetária tornou-se contracionista. Resultado? Os juros mais altos em 10 anos.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em suma, a surpresa inflacionária positiva é um dos elementos que sustenta a atual postura por parte do Banco Central. Entretanto, são necessárias outras medidas para que esse processo se prolongue de maneira consistente, sem prejudicar os fundamentos. Isso só é possível a partir de ações que enfraqueçam o caráter estrutural da inflação, como, por exemplo, o combate à elevada indexação e às pressões de demanda oriundas do Setor Público.</span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-44547134651321989102017-06-16T14:35:00.003-03:002017-06-16T14:35:39.732-03:00Comentário sobre a mudança do centro da meta de inflação para 2019<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá reduzir a meta de inflação
de 4,5% para 4,25% a partir de 2019, em reunião a ser realizada no
próximo dia 29, conforme notícias do Valor e do Infomoney.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O
nível supracitado aproxima o Brasil dos demais países que também operam
sob o mesmo regime monetário, embora a distância ainda seja relevante,
especialmente com relação aos desenvolvidos. A meta de inflação nos Esta<span class="text_exposed_show">dos Unidos, Zona do Euro e Japão, por exemplo, é de 2,0%, e de 3,0% para nações emergentes como o Chile, Colômbia e México.</span> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Há, inegavelmente, uma janela de oportunidade para promover essa
revisão, uma vez que as expectativas dos agentes de mercado para 2019,
2020 e 2021, conforme o último Relatório FOCUS do Banco Central, se
encontram ancoradas justamente em 4,25%. Ou seja, o mercado acredita que
a mudança é crível, dado o conjunto de informação disponível até o
momento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Entretanto, o Sistema de Metas pressupõe, entre tantos
outros fatores, o equilíbrio fiscal como condição fundamental para o seu
sucesso. Sem reformas para controlar os gastos, a pressão de demanda
sobre a inflação continuará relevante, o que obrigará a autoridade
monetária a adotar taxas de juros mais altas para atingir o objetivo
proposto. Nesse cenário, a atividade econômica é mais lenta, o custo do
endividamento do governo é maior e há maior pressão para a
sobrevalorização da taxa de câmbio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A margem fiscal, ou seja, o
percentual de despesas passível de contingenciamento por parte do
governo federal é muito pequena, totalizando apenas 9% orçamento. A
aprovação da PEC do Teto foi importante, mas requer um conjunto de
modificações legais e constitucionais para impedir que os dispêndios,
essencialmente no que tange à Assistência Social, cresçam de maneira
explosiva.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Portanto, a efetividade da alteração da meta de
inflação sobre o equilíbrio macroeconômico do país dependerá, em grande
parte, dos esforços para adequar o tamanho do Estado aos gastos. Nesse
sentido, as reformas são vitais não só para alcançar o equilíbrio
fiscal, mas para modernizar o país, permitindo que a oferta se expanda
para acelerar a recuperação cíclica da economia sem a corrosão do poder
de compra da moeda.</span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-15057741492366989932017-06-14T16:20:00.003-03:002017-06-14T16:20:45.758-03:00Efeitos econômicos da crise do Governo Temer<div class="_5pbx userContent" data-ft="{"tn":"K"}" id="js_4">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Choques sobre as expectativas dos agentes costumam se manifestar sobre a
economia de acordo com uma ordem pré-estabelecida. No caso da crise do
Governo Temer, cuja origem remonta à delação premiada da JBS, o efeito
negativo se deveu à frustração dos investidores com a possibilidade de
aprovação de reformas estruturais no Congresso Nacional para modernizar a
estrutura econômica e, principalmente, impedir o crescimento explosivo
da trajetória dos gastos públicos e do endividamento, a partir das
mudanças nas regras da Previdência Social.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O primeiro canal de
ajuste se dá via reprecificação dos ativos. A Bolsa de Valores e a taxa
de câmbio sofreram desvalorização, enquanto os juros dos títulos da
dívida brasileira subiram na parte curta e, fundamentalmente, na parte
longa da curva, fruto da maior incerteza com os desdobramentos futuros
do cenário político e econômico. Ademais, os índices de confiança dos
consumidores e dos empresários também devem ser afetados: ainda que não
caiam de maneira relevante, podem interromper a trajetória de
recuperação vista ao longo do último ano. Esse fato pode produzir
efeitos contracionistas sobre a economia, uma vez que famílias mais
pessimistas com relação à situação atual e às expectativas para os
próximos meses aumentam sua previdência e tendem a gastar menos. Já
líderes de firmas menos otimistas optam por reduzir investimentos e
contratações pela perspectiva de menor demanda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De uma maneira
geral, portanto, apesar da recuperação contratada da atividade econômica
no curto prazo, puxada principalmente pela supersafra agrícola e pela
recuperação das exportações, sobretudo dos preços, a retomada deverá ser
ainda mais lenta do que a prevista anteriormente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A ausência de
reformas faz com que a taxa de juros estrutural, ou seja, aquela que não
provoca pressões inflacionárias ou desinflacionárias na economia, suba
em função do aumento do prêmio de risco. Juros mais altos significam
atividade mais lenta, em função do crédito mais caro, além de maior
custo para a rolagem da dívida do governo. Além disso, o diferencial de
juros entre o Brasil e os demais países não deverá cair tanto, o que
aumenta as pressões para que a taxa de câmbio se mantenha valorizada,
impedindo que o setor externo aumente sua contribuição para o
crescimento econômico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com o hiato do produto bastante negativo,
ou seja, com o PIB crescendo bem abaixo do potencial, a taxa de inflação
manter-se-á baixa na ausência de choques negativos de oferta. As
expectativas do Relatório FOCUS dão conta de que o IPCA, índice oficial
do país, deverá encerrar 2017 em 3,71%, conforme o Relatório FOCUS, do
Banco Central. Para os próximos anos, as expectativas seguem bem
ancoradas, inclusive inferiores ao centro da meta de 4,5% a.a..</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por sua vez, o mercado de trabalho, que costuma reagir com defasagem com
relação ao ciclo econômico, tende a permanecer deteriorado. A
subutilização da mão de obra, que contempla os desempregados, os
subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial
atingiu 26,6 milhões no primeiro trimestre de 2017, sendo 14,2 milhões
de desempregados. Isso impede que a massa de salários da economia cresça
de maneira sustentada, o que produz impactos nefastos sobre a
capacidade de consumo das famílias e, principalmente, sobre o setor de
serviços.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A aprovação das reformas econômicas não deveria fazer
parte de uma política partidária, mas sim de um projeto de país.
Entretanto, sabemos que essa não é a realidade do Brasil com a atual
representação política no Congresso. As eleições de 2018 compõem outro
elemento que pode trazer ainda mais volatilidade ao longo dos próximos
meses, e piorar as atuais projeções para as principais variáveis
macroeconômicas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Rp562QUbD3_J2npa_TDtm7ZUOGnb0ZJWvm6JXc6VXNvC5WwV_tt4foBaqivvf3hByesrsZW8xVBHQ1W6nVGWR2ei9jOSKK0UgklvI9IhTQvUPPbvQj3PP6LdBjjrXjNuvH4GCbKPBJQ/s1600/T%25C3%25ADtulos_Brasil.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="321" data-original-width="470" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Rp562QUbD3_J2npa_TDtm7ZUOGnb0ZJWvm6JXc6VXNvC5WwV_tt4foBaqivvf3hByesrsZW8xVBHQ1W6nVGWR2ei9jOSKK0UgklvI9IhTQvUPPbvQj3PP6LdBjjrXjNuvH4GCbKPBJQ/s400/T%25C3%25ADtulos_Brasil.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
</div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-90819007535840467292017-06-12T22:03:00.003-03:002017-06-12T22:06:27.502-03:00Medida da utilização da capacidade da economia brasileira usando o R<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Esse vídeo apresenta a medida de utilização da capacidade da economia brasileira, do economista Regis Bonelli (FGV/IBRE), entre os anos de 1940 e 2016. Mostro onde os dados estão disponíveis e comento brevemente sobre a metodologia e os resultados. Por fim, avalio o que se pode esperar para o nível de atividade no futuro com base nas estatísticas apresentadas.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Acesse o gráfico interativo feito no R e verifique você também a evolução da série histórica: <a href="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Frpubs.com%2Foscarfrank%2F277251&h=ATN2T7_VSauScNzKIt1sifqKOmTOlaZTh1-fxzKP2EByS-X9qTYlu_vAORKCW0sDbSxNvCPh_aynz0z5Kh3dwPC_QHgYlWYPZguj0PK_hNznE9w1rHD8TPaiCO7J27GPny4AMTyZV4E-2SYwEts&enc=AZMGgcE_snPY59eG3_CEL8l0APGnu-gpRquqBahiTddwAElPV70ud2xo6Pco-vq4nVHc7SpDkPTqcC7NzSPkazeMt9IB_RTQkByqr0ejQ2JGdBo86Taubcq4CYL5jddiowtqAqcgmnzaDPOk8VskZFY4d6_VoLEkWWUY3ydC6Gfh_Mpivg8eeLT_OXp589Hb0zI&s=1" rel="nofollow noopener" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://rpubs.com/oscarfrank/277251</a></span></div>
<br />
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/SeCK4DfkVhM/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/SeCK4DfkVhM?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br /></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-10972324084029458032017-05-03T22:51:00.000-03:002017-06-12T22:05:50.738-03:00Decomposição do IPCA usando o R<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Esse vídeo traz comentários sobre a decomposição do IPCA, relacionando-a com a dinâmica inflacionária brasileira ao longo dos últimos anos. Também mostra um pouco das funcionalidades dos gráficos interativos do pacote "highcharter" do R.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/iLVjf9CRXac/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/iLVjf9CRXac?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: inherit;">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;">Quer ter acesso ao mesmo gráfico? Basta entrar nesse link: </span><a href="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Frpubs.com%2Foscarfrank%2F273332&h=ATOjMXJ899lVoz5bYbQJJSJuc0dYzGWC4yxkJ4THWzg-whc5XTqopzVjWhhB2hvdTBY8jcOa0eVZRQ4ZAvjRsLKUg1Eftie6PJrR3RXsnvRtubThOeQKmtbDSioF0awISyrn9SVVAdjbi9VqVA&enc=AZO_Y2v8tpBCo30Vl_GB5QqPYeS06oGeAD3RFq6zJiQ4o108QegG9849I3Vq3wd08Dx6s_5TLVG8CIaeDyehgq6t-o23zdbHuPcD0Ng0EqLvcZ32KtmJw8sod2K1GXKCNUoBi4KVX44WhNliOsrWfmKHwBR2SZqP4RUAtUScVdk2lhEH6JGyyrKn50hWCRgfMe_dFbeVglHoCRDpDmAKIuK_&s=1" rel="nofollow noopener" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://rpubs.com/oscarfrank/273332</a>Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-56113965129831512012017-04-27T09:35:00.000-03:002017-04-27T09:39:54.862-03:00Perda de potência da política monetária no Brasil: evidência empírica com o R<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A
perda de potência da política monetária no Brasil foi <a href="http://econforreal.blogspot.com/2016/10/a-perda-de-potencia-da-politica.html" target="_blank">um dos temas abordados por esse blog no passado</a>. Naquela oportunidade, analisamos a evolução da
participação do crédito livre e do direcionado em relação ao total das
operações desde 2007. De fato, o segundo começou a ganhar espaço a partir de
outubro de 2008, coincidindo com o início da fase mais aguda da crise
financeira internacional, fruto da estratégia deliberada por parte do governo
de incentivar a economia mesmo após a superação da turbulência. Contudo, a mera avaliação das estatísticas não nos permite concluir que a política monetária se
encontra obstruída no nosso país por conta desse recrudescimento. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O
objetivo do presente artigo é replicar o exercício feito com o R pelo pessoal
da página “Análise Macro”, que tem por base a ideia do artigo de Ricardo de
Menezes Barboza, publicado na Revista de Economia Política sob o título: “Taxa
de juros e mecanismos de transmissão da política monetária no Brasil”. Aqui, utilizaremos
uma série histórica mais ampla, entre janeiro de 2001 e março de 2017, de modo
a tornar os resultados mais robustos. É importante lembrar que as estatísticas
de crédito sofreram revisão metodológica em 2007. Para promover o encadeamento
entre as antigas e as novas, tomamos as variações daquelas para calcular o seu
nível com base no primeiro valor da metodologia mais recente (março de 2007). As
duas séries do crédito (colunas 4 e 5 do nosso arquivo) foram ponderadas pelo
acumulado em 12 meses da série mensal do PIB do Banco Central. A terceira
variável de interesse é a Taxa SELIC (coluna 6 do arquivo).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Os
primeiros passos no R envolvem a leitura do arquivo, a transformação dos dados
em série temporal e a criação das variáveis que serão objeto do nosso estudo.
Seguem as linhas do código:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">dados
<- read.csv2('SELIC_Crédito.csv',dec=',')</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">dados
<- dados[,-1]</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">dados
<- ts(dados,start=c(2000,07),freq=12)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">livrepib
<- dados[,4]</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">dirpib
<- dados[,5]</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">selic
<- dados [,6]</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O
primeiro passo foi calcular a correlação entre as séries, ou seja, entre o
crédito livre e o direcionado com a SELIC. O sinal esperado é negativo: dado
que a taxa básica de juros da economia serve como balizador do custo do
crédito, aumentos na primeira devem provocar redução na segunda, e vice-versa. Os
comandos e os resultados estão descritos abaixo:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">cor.test(selic,
livrepib)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">cor.test(selic,dirpib)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A
correlação é de -0,832 no primeiro caso e de -0,509 no segundo, confirmando
nossa expectativa. Todavia, cálculos de correlação não nos permitem inferir quaisquer
relações de causalidade. Para investigarmos esse tema, recorremos ao teste de
Causalidade de Granger. Sabe-se que o teste é sensível a escolha dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">lags</i>. Portanto, devemos adotar um critério
que nos permita escolhê-los de maneira adequada. Utilizamos, aqui, a função <i style="mso-bidi-font-style: normal;">varselect</i> do pacote <i>vars</i>, conforme código abaixo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">library(vars)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">modelo1
<- data.frame(selic,livrepib)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">modelo2
<- data.frame(selic,dirpib)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">VARselect(modelo1,
lag.max = 12, type=c("both"),season=NULL)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">VARselect(modelo2,
lag.max = 12, type=c("both"),season=NULL)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">As
defasagens relevantes para análise são 7 no primeiro caso (2 dos quatro
critérios de seleção apontam essa quantidade) e 3 no segundo (os quatro
critérios de seleção acusam esse valor). Para executar o teste em si, usamos os
seguintes comandos, que visam captar todas as direções possíveis de causalidade
entre as variáveis.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">grangertest(selic
~ livrepib,order=7,data=modelo1)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">grangertest(livrepib
~ selic, order=7,data=modelo1)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">grangertest(selic
~ dirpib,order=3,data=modelo2)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">grangertest(dirpib
~ selic, order=3,data=modelo2)</i></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Os resultados são:</b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">SELIC não Granger-causa o crédito
livre: p-valor = 0,01545</b></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">(hipótese nula rejeitada, ou seja,
SELIC Granger-causa o crédito livre)</b></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Crédito livre não Granger-causa SELIC:
p-valor = 0,04553</b></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">(hipótese nula rejeitada, ou seja,
crédito livre Granger-causa SELIC)</b></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">SELIC não Granger-causa o crédito
direcionado: p-valor = 0,4772</b></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">(hipótese nula não pode ser rejeitada,
ou seja, SELIC não Granger-causa crédito direcionado)</b></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Crédito direcionado não Granger-causa
SELIC: p-valor = 0,02408</b></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">(hipótese nula rejeitada, ou seja,
crédito direcionado Granger-causa SELIC)</b></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No
caso do crédito livre há uma dupla relação de causalidade com a Taxa SELIC. A
política monetária afeta o crédito determinado pelas forças de mercado (relação
esperada <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a priori</i>). Da mesma forma, o
total das operações de crédito dessas instituições é relevante no que tange às
decisões da taxa básica de juros da economia, pois podem afetam tanto o hiato
do produto (diferença entre o PIB efetivo e o potencial) quanto o desvio da
inflação efetiva com relação à meta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O
crédito direcionado também Granger-causa a SELIC, uma vez que seus efeitos, assim
como o crédito livre, também influenciam o lado real e o monetário da economia e, consequentemente, também são levados em consideração pelo Banco
Central nas decisões de política monetária. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Entretanto,
as evidências apontam que a Taxa SELIC não Granger-causa o crédito direcionado. Ou seja, há uma obstrução da política monetária que a torna menos potente. Em
situações como essa, assim como já mencionamos em outra oportunidade, os
movimentos dos juros precisam ser mais exacerbados para que os objetivos de
política sejam alcançados, o que introduz maior volatilidade à economia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 107%;">Os resultados são muito
parecidos aos obtidos pelo pessoal da Análise Macro, e reforçam a tese de
obstrução da política monetária. A criação da TLP, que substituirá a TJLP e
será determinada com base nos fundamentos de mercado, é uma excelente medida
para resolver esse problema.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 107%;">Fonte: BCB.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 107%;">Código das séries no SGS do Bacen: </span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 107%;">Crédito livre (série antiga):12130.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 107%;">Crédito livre (série atual): 20542.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 107%;">Crédito direcionado (série antiga): 7524.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-size: x-small;">Crédito direcionado (série atual): 20593.</span></span></span></span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-51515329038291379892017-04-17T18:46:00.000-03:002017-04-28T09:50:38.266-03:00Quais os impactos do fim da desoneração da folha de pagamentos para a Indústria?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Para
cobrir o rombo de R$ 58,2 bilhões no orçamento de 2017, o governo federal
anunciou uma série de medidas pelo lado da despesa e da receita para cumprir a
meta de déficit primário de R$ 139 bilhões. A lacuna entre o resultado fiscal
previsto anteriormente e o atual pode ser atribuída a duas razões: (i) queda da
projeção de crescimento econômico de 1,0% para 0,5%, o que diminui a estimativa
de arrecadação, uma vez que PIB e receitas do governo apresentam comportamento
pró-cíclico, ou seja, são positivamente relacionadas; e (ii) mudança no
entendimento jurídico do STF com relação à incidência de ICMS na base de cálculo
do PIS/COFINS, a partir da definição jurídica de faturamento, que exclui os
impostos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O
Executivo determinou, entre outras ações, o fim da desoneração da folha de
pagamentos para a maioria dos segmentos da indústria e dos serviços. O objetivo
desse artigo é avaliar alguns dos potenciais impactos dessa medida sobre o
setor secundário.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A
mudança da contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamentos
para o faturamento começou a valer em 2011 para um seleto grupo de atividades
econômicas. O benefício, meses depois, foi estendido para outros ramos. Em
2015, como parte do ajuste fiscal, o governo determinou o aumento das alíquotas
que, em alguns casos, chegaram a 150%.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Há
dois tipos de grupos de empresas que sairão relativamente mais prejudicados do
que os demais com o fim da desoneração da folha. Em primeiro lugar destacam-se
as firmas cujo fator trabalho é mais preponderante em relação ao capital:
quanto mais intensivas em mão de obra (ou quanto mais altos são os salários),
maior será o ônus. Em segundo lugar, a contribuição sobre a receita de vendas,
que vigorava até então, desonerava todo o valor das exportações.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Para
avaliarmos o primeiro ponto, vamos construir um indicador que mede a
intensidade de mão de obra, ao dividirmos a soma dos “salários, retiradas e
outras remunerações” com os “encargos sociais e trabalhistas, indenizações e
benefícios” pelo total de “custos e despesas” das categorias industriais. As
variáveis estão contempladas na Pesquisa Industrial Anual do IBGE, e a última
publicação é datada de 2014. Ao fazermos isso para os 24 setores da indústria
de transformação brasileira, conforme a classificação CNAE 2.0, vemos que os 5
ramos de atividade que tendem a ser mais prejudicados são: “Manutenção,
reparação e instalação de máquinas e equipamentos”, “Vestuário e acessórios”,
“Produtos diversos”, “Impressão e reprodução de gravações” e “Produtos de
metal”. Veja o <a href="http://rpubs.com/oscarfrank/268651" target="_blank">material interativo aqui</a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Soma dos "salários, retiradas e outras remunerações" com "encargos sociais e trabalhistas, indenizações e benefícios" como proporção do total de custos e despesas dos setores da indústria - 2014 - Em %</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3J5Yzj_vmnVbcZAk7ly6sYTF-MOtu5sz0pCeMtI8Fy4B-0xIVHLC0B5-o24TPHPFGy4zJG2J-cPXH8yLOQtLYt4kHpoZJ9U5jZfidN9Q-mjFhKRKcq-WpOfE2EzsnYN5cuW9mP_46GI0/s1600/Fim_Desonera%25C3%25A7%25C3%25A3o_Folha_1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="504" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3J5Yzj_vmnVbcZAk7ly6sYTF-MOtu5sz0pCeMtI8Fy4B-0xIVHLC0B5-o24TPHPFGy4zJG2J-cPXH8yLOQtLYt4kHpoZJ9U5jZfidN9Q-mjFhKRKcq-WpOfE2EzsnYN5cuW9mP_46GI0/s640/Fim_Desonera%25C3%25A7%25C3%25A3o_Folha_1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em
segundo lugar, verificamos qual o peso das exportações de produtos
industrializados (soma dos manufaturados e semimanufaturados conforme a
classificação “Fator Agregado”) no faturamento (Receita Líquida de Vendas da PIA)
no ano de 2014 (estatísticas mais recentes disponíveis). As vendas externas
foram convertidas em reais com base na taxa de câmbio média daquele ano. Com
base nesse levantamento, concluímos que os cinco estados mais impactados serão
o Maranhão, Espírito Santo, Pará, São Paulo e Bahia. Veja <a href="http://rpubs.com/oscarfrank/268654" target="_blank">mapa interativo aqui</a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Participação das exportações de manufaturados (convertidas em R$) no total da Receita Líquida de Vendas da Indústria Total - 2014 - Em %</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_IsmqwzwSIc91AfZqIoLHSN6ObjaX-QW_LqXGLq7whvAh-IAkbDuflwRECrGedVGq349kartCBSbesOtoTBYRkjlrGZjsvBXnJrgyKrbVtZ_R9WXkWghTfOlxL4x8DjkgtoLTd8Qt3P8/s1600/Fim_Desonera%25C3%25A7%25C3%25A3o_Folha_2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="553" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_IsmqwzwSIc91AfZqIoLHSN6ObjaX-QW_LqXGLq7whvAh-IAkbDuflwRECrGedVGq349kartCBSbesOtoTBYRkjlrGZjsvBXnJrgyKrbVtZ_R9WXkWghTfOlxL4x8DjkgtoLTd8Qt3P8/s640/Fim_Desonera%25C3%25A7%25C3%25A3o_Folha_2.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É
importante notar que todos esses cálculos levam em conta o padrão médio dos
setores. Portanto, os impactos podem diferir muito de empresa para empresa,
inclusive dentro do mesmo segmento, dependendo do </span><i style="font-family: inherit;">mix</i><span style="font-family: inherit;"> existente entre capital e
trabalho e do peso do setor externo na composição do seu faturamento.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O impacto estimado
sobre a arrecadação do governo, que corresponde ao custo a ser pago pelo setor
empresarial, é de R$ 4,8 bilhões. Como a insatisfação com as margens de lucro é
cada vez maior, de acordo com os dados da Sondagem Industrial da CNI,
aumenta-se a propensão de repasse do ônus para os consumidores finais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: <a href="http://www2.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&c=1848" target="_blank">IBGE</a>, <a href="http://www2.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&c=1849" target="_blank">IBGE</a> e <a href="http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/balanca-comercial-brasileira-unidades-da-federacao?layout=edit&id=1201" target="_blank">MDIC</a>.</div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-86375230087944600302017-03-29T15:51:00.000-03:002017-04-28T09:51:22.254-03:00Quão generoso é o sistema previdenciário do Brasil?<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Aspectos
relativos à Previdência Social no Brasil já foram abordados diversas vezes no
blog, </span><a href="http://econforreal.blogspot.com.br/2016/04/previdencia-social-no-brasil-uma-bomba.html" style="font-family: inherit; text-align: justify;" target="_blank">incluindo comparativos internacionais entre a magnitude dos gastos públicos nessa área e o tamanho da população idosa</a><span style="font-family: inherit; text-align: justify;"> e as perspectivas no que tange à </span><a href="http://econforreal.blogspot.com.br/2016/09/reforma-da-previdencia-vamos-trabalhar.html" style="font-family: inherit; text-align: justify;" target="_blank">evolução da demografia, de acordo com o IBGE</a><span style="font-family: inherit; text-align: justify;">. O objetivo deste artigo é analisar o significado da riqueza líquida
das pensões, indicador calculado pela OCDE que pode ser interpretado como uma
medida da generosidade do sistema previdenciário entre diversos países.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A
riqueza líquida das pensões pode ser definida de acordo com a seguinte fórmula:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlac1kNgiMTZI2izOfylemgdNZeLRgzQIwtURmHjDM6bKyWjTdWGg41eFBB1BcqjifNMhsLQ3rbu0I9JXSVXgrFn80IV_Lt4T6UKnwXHy5RIr8q-Plibl7MY0hXJ9YGddw7JzoYnqtkW8/s1600/Previd%25C3%25AAncia_Generosa_1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="139" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlac1kNgiMTZI2izOfylemgdNZeLRgzQIwtURmHjDM6bKyWjTdWGg41eFBB1BcqjifNMhsLQ3rbu0I9JXSVXgrFn80IV_Lt4T6UKnwXHy5RIr8q-Plibl7MY0hXJ9YGddw7JzoYnqtkW8/s640/Previd%25C3%25AAncia_Generosa_1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O
numerador leva em consideração o montante esperado </span><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">pelos aposentados e pensionistas</span> dos benefícios a serem recebidos no futuro trazido a valor presente, ou seja, descontando cada um
dos fluxos por uma taxa de juros. O denominador é formado pelos rendimentos
brutos anuais. Quanto maior essa razão, maior é o desequilíbrio do
sistema em função de sua “generosidade”, e vice-versa.</span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Essa
razão pode ser alterada por diversos fatores, entre as quais a expectativa de
vida da população: quanto mais elevada, maior é o valor presente do fluxo de caixa, uma vez que os beneficiários recebem os pagamentos por
mais tempo. A existência ou não de idade mínima também afeta diretamente o
numerador: a imposição de regras mais duras para a requisição dos auxílios
reduz o numerador, e vice-versa. Além disso, eventuais regras de correção dos benefícios impactam diretamente a riqueza líquida das pensões.</span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O
denominador está atrelado, entre outros elementos, à produtividade geral da economia. Sabemos que o crescimento
do produto por unidade de insumo permite que os salários cresçam, sem provocar
pressões inflacionárias. Isso também possibilita que a riqueza líquida das
pensões caia, ou seja, que os benefícios previdenciários sejam mais compatíveis com a renda do fator trabalho, evitando assim grandes financiamentos de um sistema de bem-estar social por parte da população.</span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Os
dados de 2014 mostram que o Brasil lidera o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ranking</i>
entre 42 países para os quais há informações disponíveis (além da média da
União Europeia e da OCDE). O fluxo de benefícios previdenciários trazidos a valor presente é
17,3 vezes superior aos rendimentos brutos anuais, valor bem maior em comparação
com os pares emergentes, como África do Sul (1,4), Indonésia (2,3), México (4,5)
e Chile (5,4), além das nações desenvolvidas, como Suíça e Canadá (ambos com 6,2). Essa
evidência sugere, portanto, que entre as nações consideradas, o sistema
previdenciário brasileiro é o mais generoso do mundo. Você pode consultar os dados
através do gráfico interativo <a href="http://rpubs.com/oscarfrank/263583" target="_blank">aqui</a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Riqueza líquida das pensões - 2014</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdG3Ieh-stB9BgFxsirkpa9Z_yzYt8EGjZDCT3KlUQuPNoU0puYpMh-zEcyaVhyJdMKZE8KezG4Q5pvQdGEAmrYDLVrafvvNeyoA63s6ByZvHW0EOpgB93Lzo5aW1eB9G5RJUIqwSIKlQ/s1600/Previd%25C3%25AAncia_Generosa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdG3Ieh-stB9BgFxsirkpa9Z_yzYt8EGjZDCT3KlUQuPNoU0puYpMh-zEcyaVhyJdMKZE8KezG4Q5pvQdGEAmrYDLVrafvvNeyoA63s6ByZvHW0EOpgB93Lzo5aW1eB9G5RJUIqwSIKlQ/s640/Previd%25C3%25AAncia_Generosa.png" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A
Reforma da Previdência sugerida pelo governo atua no sentido de diminuir o
valor presente do fluxo de benefícios. Como a expectativa de vida tende a
seguir aumentando, algo que é benéfico para a sociedade, resta atuar
em duas frentes: estabelecimento de uma idade mínima e moderação dos
reajustes dos benefícios, através da desvinculação da regra de reajuste do Salário
Mínimo ou de sua alteração. Em resumo, vimos ao longo desse artigo que é
necessário reformar a Previdência, uma vez que o sistema brasileiro é muito
mais generoso em comparação com o restante do mundo.</span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-20819125069188507542017-03-28T17:37:00.001-03:002017-04-28T09:53:42.472-03:00Série histórica do peso dos produtos monitorados do IPCA<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Os
grupos de produtos que compõem o IPCA, principal índice de inflação do Brasil, podem
ser divididos de várias formas. Entre as principais para a análise da dinâmica
inflacionária está aquela que separa os preços livres, determinados pelos
mecanismos de mercado (lei da oferta e da demanda), dos monitorados, que sofrem algum grau de interferência por parte do governo. O IBGE, responsável
pelo cálculo dos indicadores, não divulga a importância relativa (peso) de cada
uma dessas classificações, mas apenas dos itens individualmente. O objetivo
desse artigo é construir uma série histórica da importância relativa dos
produtos monitorados no IPCA ao longo do tempo.</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: justify;">O
primeiro passo é determinar quais são os itens levados em consideração pelo
IBGE. Toma-se como base este </span><a href="http://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/FAQs/FAQ%2005-Pre%C3%A7os%20Administrados.pdf" style="text-align: justify;" target="_blank">informe</a><span style="text-align: justify;">, de onde foi retirada a tabela abaixo, que detalha as mercadorias e os respectivos pesos para criar essa classificação.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Detalhamento dos produtos monitorados - IPCA</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZf8Im-z9nZcWZcEafg0egJqmOdIJKtb_Fgo7jWpuSDgc7I_YgdzlrlFAtN7l1gL16UNjJYBcpI2GDOh-TAnhbuPbZsWxgr0rnmnL2EpIbm62N_nfJlY3BaN1_nwvT_NWR4jw9Rn8zzF8/s1600/Monitorados.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZf8Im-z9nZcWZcEafg0egJqmOdIJKtb_Fgo7jWpuSDgc7I_YgdzlrlFAtN7l1gL16UNjJYBcpI2GDOh-TAnhbuPbZsWxgr0rnmnL2EpIbm62N_nfJlY3BaN1_nwvT_NWR4jw9Rn8zzF8/s400/Monitorados.png" width="392" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Identificados
os componentes, basta ir ao site do IBGE e selecionar no SIDRA o peso dos seguintes
subitens e subgrupos, conforme o detalhamento a seguir:</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">2202003.Energia
elétrica residencial</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">2101004.Taxa
de água e esgoto</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">2201004.Gás
de botijão</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">2201005.Gás
encanado</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">6203001.Plano
de saúde</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">6101.Produtos
farmacêuticos</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">7201063.Jogos
de azar</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5101001.Ônibus
urbano</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5101002.Táxi</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5101004.Trem</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5101006.Ônibus
intermunicipal</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5101007.Ônibus
interestadual</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5101011.Metrô</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5101022.Transporte
hidroviário</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5102006.Multa</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5102004.Emplacamento
e licença</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5102015.Pedágio</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5104001.Gasolina</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5104003.Óleo
diesel</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">5104005.Gás
veicular</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">9101001.Correio</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">9101002.Telefone
fixo</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">9101003.Telefone
público</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Por
fim, basta somar os pesos. A referência da nota
técnica do Banco Central é maio de 2016, mês no qual os monitorados responderam
por 24,10%. Como os valores batem, calcula-se para o restante da série
histórica, que inicia em 2012. Você pode consultar o gráfico interativo <a href="http://rpubs.com/oscarfrank/263205" target="_blank">aqui</a>.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: inherit;">É
possível verificar que esse conjunto de mercadorias perde boa parte de sua
importância relativa entre 2013 e 2014. Foi justamente ao longo desse período
que o governo lançou mão de uma série de políticas de controle de preço para
evitar que o índice cheio ultrapasse o teto do Regime de Metas para a Inflação de 6,5% ao ano. Além de determinar
a redução do preço da energia elétrica, o governo segurou os reajustes dos
combustíveis e das tarifas de transporte público.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Entretanto,
diante dos desequilíbrios financeiros gerados junto às empresas prestadoras
desses serviços, o governo foi obrigado a promover uma grande correção dos
preços das mercadorias: enquanto os custos das firmas eram reajustados pela lógica de mercado, o preço de venda estava congelado (até mesmo caindo em alguns
casos). Sem essa medida, o fornecimento corria o sério risco de serem
interrompidos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Com o fim do processo de recomposição, o peso dos monitorados voltou aos níveis de 2012. Esses produtos explicam parte considerável da dinâmica inflacionária, especialmente nos últimos anos.</span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-7809326050075150352017-03-27T13:21:00.001-03:002017-03-27T14:32:00.490-03:00Gráficos interativos usando o R<div style="text-align: justify;">
Prezados amigos, temos novidades! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora o <i>Economics For Real</i> é muito mais interativo! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De agora em diante, todos os gráficos postados no blog serão animados. Ou seja, você poderá visualizar os valores das estatísticas de forma rápida e prática, bastando para isso arrastar livremente o seu mouse sobre a imagem.
Tudo isso foi construído usando o R, através do pacote "highcharter". Em breve vamos dar dicas para que você também faça o mesmo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Confira alguns exemplos: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://rpubs.com/oscarfrank/261293" target="_blank">Gastos com Assistência Social (% do PIB) e % da população com 65 anos ou mais (dispersão);</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://rpubs.com/oscarfrank/261288" target="_blank">IPCA (em barras)</a>;</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://rpubs.com/oscarfrank/261291" target="_blank">Taxa de câmbio (em linhas);</a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://rpubs.com/oscarfrank/261295" target="_blank">Participação % do PIB dos estados do Brasil em 2014 (mapa).</a> </div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-51930361005053867052017-03-18T15:05:00.000-03:002017-03-18T15:05:28.809-03:00Estimativa para a taxa neutra de juros do Brasil<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1lld6-0-0" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="1lld6-1-0"><span data-text="true">A Nota mais recente da reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) aborda, entre outras coisas, o debate envolvendo a taxa natural (estrutural ou neutra) de juros da economia brasileira. O objetivo deste artigo é abordar o que a constitui, além de replicar a estimativa feita no trabalho de Fernando de Holanda Barbosa, Felipe Camêlo e Igor João, cujo título é “A Taxa de Juros Natural e a Regra de Taylor no Brasil: 2003-2015”, publicado na RBE.</span></span></span></div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="1br1e-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1br1e-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="1br1e-0-0"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="bk9f8-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bk9f8-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="bk9f8-0-0"><span data-text="true">Em linhas gerais, a taxa neutra de juros é aquela que não provoca pressões inflacionárias ou desinflacionárias, ou seja, é o patamar de equilíbrio da economia. Ao todo, são três componentes. O primeiro deles é o juro internacional, que serve como benchmark (referência) para o investidor estrangeiro. Na análise do custo de oportunidade entre aplicar o capital em seu país de origem e no exterior, esse agente leva em consideração outros dois fatores: o risco soberano, ou seja, o prêmio pago para compensar o risco de default (calote) e o risco cambial, que representa o ressarcimento necessário para que o poupador assuma o risco de investir em outra moeda, uma vez que, na grande maioria dos casos, as taxas de câmbio são flutuantes, e, no momento do resgate, a aplicação pode, inclusive, valer menos do que o capital inicial.</span></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="3ks5-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3ks5-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="3ks5-0-0"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="e02r6-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="e02r6-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="e02r6-0-0"><span data-text="true">Para estimarmos a taxa neutra de juros, utilizamos, na ordem: a fed funds rate dos Estados Unidos deflacionada pela inflação americana acumulada em 12 meses, o Risco-País (dado pelo EMBI+ do Brasil, compilado pelo banco JP Morgan) e o cupom cambial de 1 ano, calculado pela BM&F. Após somarmos essas três variáveis, aplicamos o filtro Hodrick-Prescott (HP), de modo a extrair sua tendência. Como os dados são mensais, utilizamos o padrão do parâmetro para dados com tal frequência (14.400).</span></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="bt83n-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bt83n-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="bt83n-0-0"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="10pal-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="10pal-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="10pal-0-0"><span data-text="true">Ao compararmos a série estimada da taxa neutra com o juro real Ex-Post, ou seja, a Taxa SELIC menos a inflação acumulada nos últimos 12 meses, podemos verificar qual foi a postura (policy stance) da autoridade monetária ao longo dos últimos anos, de acordo com o gráfico abaixo. Quando a taxa real é menor do que a taxa natural, temos uma política monetária expansionista, ou seja, mais voltada para estimular o nível de atividade e mais leniente com a inflação. Se, por outro lado, a taxa real é maior do que a natural, caracterizamos uma política contracionista. Houve, ao longo dos últimos 13 anos, períodos marcados por forte expansionismo, o que ajuda a explicar os motivos que fizeram com que à inflação média do período fosse superior ao centro da meta.</span></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="dldet-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dldet-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="dldet-0-0"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="b8at9-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b8at9-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="b8at9-0-0"><span data-text="true">Em última análise, a taxa neutra de juros está ligada aos diversos fundamentos da economia brasileira. É importante lembrar que ciclo de aperto monetário, que fez com que a SELIC subisse de 7,25% ao ano para 14,25% ao ano, mantendo-se nesse patamar por vários meses, não foi suficiente, até pouco tempo atrás, para gerar efeitos contracionistas sobre a inflação. Atualmente, diante do patamar ainda alto da SELIC e da forte redução da inflação, a política se tornou contracionista.</span></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="bg9go-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bg9go-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="bg9go-0-0"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="8igf0-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8igf0-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="8igf0-0-0"><span data-text="true">E o que pode ser feito para reduzirmos a taxa neutra de juros? Destacamos aqui o parágrafo 17 da última Nota da Reunião do BC, que traz à tona exatamente essa discussão: “<i>No que tange à extensão do ciclo, i.e., à redução acumulada da taxa Selic ao cabo do processo de flexibilização monetária, a discussão centrou-se em duas dimensões distintas, ambas relevantes para sua determinação. A primeira dimensão diz respeito à taxa de juros estrutural da economia. Essa taxa depende de fatores como crescimento da produtividade da economia, perspectivas para a política fiscal, qualidade do ambiente contratual e de negócios, eficiência na alocação de recursos via sistema financeiro e qualidade das políticas econômicas. Suas estimativas invariavelmente envolvem elevado grau de incerteza. Por essa razão, avaliações sobre a taxa de juros estrutural da economia necessariamente envolvem julgamento. O Comitê julga que o redirecionamento da política econômica pelo governo, com aprovação e implementação das reformas fiscais, notadamente a reforma da previdência, além de outras reformas e ajustes necessários na economia, pode produzir uma queda da taxa de juros estrutural da economia brasileira. Nesse contexto, o Comitê continuará reavaliando suas estimativas da taxa estrutural de juros da economia ao longo do tempo. Essa dimensão produz mudanças menos frequentes e mais estruturais para a política monetária.</i>”</span></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="8d024-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8d024-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="8d024-0-0"><br data-text="true" /></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="2j2u7" data-offset-key="a8di8-0-0" style="text-align: justify;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a8di8-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="a8di8-0-0"><span data-text="true">Em suma, para diminuirmos os juros de maneira sustentada, necessitamos avançar no campo das reformas macro e microeconômicas.</span></span></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a8di8-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="a8di8-0-0"><span data-text="true"> </span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwtFWOqyqdY3Snq_Agwl8MPKgDRZgGdTPj3-1ImBR6nNV8TfC7WaUtE-ebTL_2R7Ckz6ctwIC0HSKnH1k3bh3ryAkmL3o7X8nhDBnrZgpIIXYAmExyF_UdHg29WaQ1cd1yOX7Abdz9-UU/s1600/Taxa+Neutra.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwtFWOqyqdY3Snq_Agwl8MPKgDRZgGdTPj3-1ImBR6nNV8TfC7WaUtE-ebTL_2R7Ckz6ctwIC0HSKnH1k3bh3ryAkmL3o7X8nhDBnrZgpIIXYAmExyF_UdHg29WaQ1cd1yOX7Abdz9-UU/s400/Taxa+Neutra.png" width="300" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a8di8-0-0">
<span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="a8di8-0-0"><span data-text="true"> </span></span></span></div>
</div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-63516222642386102512017-02-21T23:21:00.003-03:002017-02-21T23:21:44.847-03:00O que esperar da economia dos Estados Unidos em 2017<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">As estimativas mais recentes do FMI apontam que a economia americana crescerá 2,2% em 2017. Apesar de mais alta em relação a 2016 (1,6%), a taxa projetada para este ano está bastante próxima da média observada entre 2011 e 2016: 2,0%. O objetivo do presente texto é analisar as perspectivas para o nível de atividade dos Estados Unidos em 2017, através da investigação de cada um dos componentes do PIB pela ótica da demanda.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O consumo das famílias deverá continuar crescendo de maneira sólida, em linha com as condições mais apertadas do mercado de trabalho: quanto maior a disputa por mão de obra escassa, maior a pressão por ganhos salariais acima da inflação, o que naturalmente eleva o poder de compra dos rendimentos. O último dado da taxa de desemprego, referente ao mês de janeiro, acusou 4,8%, segundo o <i>Bureau of Labor Statistics</i> (BLS). Esse percentual da População Economicamente Ativa (PEA) que procurou por algum tipo de ocupação e não obteve sucesso é praticamente igual à taxa natural (4,7%, de acordo com as estimativas do <i>Congressional Budget Office</i>). A taxa natural de desemprego pode ser definida como a que equilibra a economia, ou seja, incapaz de gerar pressões (inflacionárias ou deflacionárias) sobre o nível de preços.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Por sua vez, a tendência é de que os investimentos tenham um desempenho melhor em 2017, ao contrário dos últimos dois anos: entre o segundo trimestre de 2015 e o terceiro trimestre de 2016, a formação bruta de capital fixo subtraiu 1,26 ponto percentual do crescimento do PIB americano. Parte da explicação reside na queda dos investimentos em mineração e em poços de petróleo, cuja dinâmica acompanha a cotação internacional das commodities. Ou seja, quanto maior o preço dessas mercadorias, maior tende a ser a propensão dos empresários para investir, visando a obtenção de ganhos de receita para cada unidade vendida. Como o preço das commodities já sofreu ganhos significativos ao longo dos últimos meses, a tendência é de que os dispêndios visando o aumento da capacidade produtiva sejam mais altos em 2017. O barril de petróleo, por exemplo, sofreu valorização desde que a OPEP anunciou, ainda em 2016, corte na produção do cartel. Diante da redução da oferta, a cotação se eleva.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Já os gastos do governo não devem sofrer grande alteração. Isso porque o plano econômico de Trump, que envolve, entre outras coisas, o aumento dos gastos com infraestrutura, depende da aprovação do Congresso. É provável, portanto, que poucas ações sejam aprovadas antes do ano fiscal de 2018 (que se inicia em outubro de 2017). É necessário lembrar, ainda, que o início das obras leva algum tempo, até que todas as permissões no âmbito burocrático sejam aprovadas.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Já o setor externo – diferença entre exportações e importações – deverá contribuir para manter o crescimento inalterado, ou até mesmo reduzi-lo. Isso porque o Dólar está bastante valorizado em comparação com as principais moedas do mundo, o que incentiva as importações e desincentiva as exportações. O Dollar Index, em sua medida “ampla”, segue no maior patamar da série histórica desde 2002, e não existe expectativa de reversão dessa tendência, pelo menos de curto prazo. Isso pode ser explicado pela crença do mercado de que o plano econômico do presidente surtirá efeito. Caso isso aconteça, a inflação tende a ser pressionada, o que naturalmente demandaria juros mais altos. Ademais, a demanda externa tende a manter-se arrefecida, sobretudo porque o PIB mundial não deverá acelerar, de maneira substancial, em 2017.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em suma, o mercado doméstico continuará sendo o principal motor da economia americana e o crescimento convergirá para a média dos últimos anos.</span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-66326428566277516632017-02-17T15:25:00.005-02:002017-02-17T15:25:36.816-02:00Considerações sobre a hipótese neofisheriana<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Os debates envolvendo a hipótese neofisheriana ganharam espaço nos principais veículos de comunicação das últimas semanas. O objetivo desse texto não é explicar seu significado nem suas principais implicações, mas trazer duas observações que, no meu entendimento, são importantes.<br /><br />1º) O nome do artigo de John Cochrane é "<i>Michelson-Morley, Occam and Fisher: The Radical Implications of Stable Inflation at Near-Zero Interest Rates</i>". Somente a análise do título já deixa claro que o escopo do trabalho se restringe a casos muito específicos de países notadamente marcados por políticas monetárias bastante acomodatícias, e que também experimentaram, ao longo dos últimos anos, inflação próxima a zero.<br /><br />A realidade brasileira, no entanto, é completamente diferente do objeto de análise investigado por Cochrane. Nossos juros, por exemplo, estão bem distantes de zero: em termos nominais, inclusive, estamos em terceiro lugar no ranking mundial, somente atrás da Argentina e da Venezuela. Sequer, também, temos inflação baixa e estável (muito pelo contrário!). <br /><br />As evidências empíricas para o Brasil vão ao encontro da teoria predominante, ou seja, uma política monetária contracionista (elevação dos juros) atua para tornar a atividade econômica menos dinâmica e vice-versa. Basta lembrar do que aconteceu a partir de agosto de 2011, quando o Banco Central iniciou um ciclo de redução da SELIC sem qualquer fundamento, alegando pretensos efeitos recessivos oriundos da "crise internacional" sobre o nível de atividade. Posteriormente, para conter a inflação, a autoridade monetária necessitou aumentar a SELIC.<br /><br />Qualquer tentativa de transportar eventuais lições do artigo de Cochrane para o caso brasileiro constitui pura desonestidade intelectual.<br /><br />2º) A grande inquietação do autor diz respeito às maciças injeções de liquidez, aliadas à manutenção de juros extremamente baixos (negativos, em alguns casos), que não redundaram em aumento da inflação nas nações desenvolvidas. Pela teoria econômica convencional, quanto maior a oferta de um bem ou serviço, menor o seu preço. No caso da moeda, quanto mais moeda existe em circulação, menor é o poder de compra, ou seja, maior é a inflação.<br /><br />Acontece que políticas monetárias não-convencionais, como o <i>Quantitative Easing</i>, associadas a juros extremamente baixos, constituem algo muito recente dentro da histórica econômica mundial. Esse arcabouço foi posto em prática após a eclosão da crise financeira internacional de 2007/2008, primeiramente nos Estados Unidos. Desde então, alguns países e a Zona do Euro adotaram procedimentos cujo o objetivo era o mesmo, ainda que com algumas diferenças do ponto de vista operacional: diminuir os juros na parte longa da curva. Vale lembrar que algo semelhante foi executado no Japão na década de 90, mas nada que se compare a magnitude dos programas de hoje em dia.<br /><br />Como é possível inferir a existência de uma relação positiva entre juros e inflação no longo prazo se nem dez anos se passaram? A validação empírica de qualquer relação entre variáveis em um horizonte mais amplo carece de um número bem maior de observações. É factível, portanto, que todo esse conjunto de políticas resulte, sim, em mais inflação nos países desenvolvidos, porém somente no longo prazo. A conferir.</span></span></div>
<br />Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-48163817023094890712017-01-26T16:14:00.001-02:002017-01-26T16:14:32.457-02:00Série "O que esperar para 2017": PIB<div class="_5pbx userContent" data-ft="{"tn":"K"}" id="js_n">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
A mediana das projeções para o PIB do último Relatório FOCUS, do Banco
Central, aponta que a economia brasileira crescerá 0,5% em relação a
2016. Esse valor, no entanto, recompõe apenas uma parcela muito pequena
das perdas incorridas ao longo dos últimos dois anos, de 7,2%
(considerando a estimativa de retração de 3,5% em 2016). Alguns
importantes vetores devem favorecer a retomada conjuntural, porém ainda
lenta, do nível de atividade. Outros, todavia, continuam bastante
estrangulados, conforme as justificativas abaixo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> <b>Vetores favoráveis:</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
1º) Inflação mais baixa: evita a deterioração mais significativa do
poder de compra dos salários, com impactos positivos sobre a demanda
agregada.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> 2º) Queda da taxa SELIC: proporciona melhora da
situação das empresas, principalmente aquelas cujo nível de
endividamento é mais alto. A situação financeira das indústrias
consultadas pela Sondagem Industrial da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), é crítica: 42,3 pontos no último trimestre de 2016,
sendo que valores abaixo de 50 indicam insatisfação. Ademais, a redução
da taxa básica de juros diminui o custo para os financiamentos
destinados ao consumo e aos investimentos, além de trazer alívio para as
contas públicas: cada ponto percentual de redução da SELIC provoca uma
economia de, em média, R$ 28 bilhões ao erário.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> 3º) Preços das <i>commodities </i>mais altos: o preço do barril de petróleo já apresentou elevação ao longo das
últimas semanas, em função do anúncio da OPEP, realizado no final do ano
passado, que determinou a redução do total ofertado pelo conjunto de
países que formam o cartel. A diminuição dos riscos relacionados à
desaceleração mais intensa da China em 2017, com resultados do Índice de
Gerentes de Compras (PMI) melhores do que esperado, também ajuda no
suporte aos preços. Vale lembrar que os produtos básicos representam uma
importante fatia da pauta de exportação brasileira, de aproximadamente
50%.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> 4º) Estoques ajustados: o nível dos estoques efetivos
em relação ao planejado da indústria brasileira, de acordo com a
Sondagem Industrial da CNI, está em 48,6 pontos, ou seja, abaixo dos 50
pontos, indicando menos estoques frente ao projetado pelas firmas. Esse é
um dos valores mais baixos da série histórica, iniciada em 2010. Nessas
situações, qualquer impulso oriundo da demanda deverá repercutir
positivamente sobre a produção.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> <b>Vetores desfavoráveis:</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> 1º) Efeito carregamento desfavorável: o efeito estatístico para 2017 é bastante desfavorável, uma vez que a
trajetória recente do PIB ainda apresenta forte deterioração. Nesse
exercício, estimamos qual seria a variação do PIB em 2017 se a taxa de
crescimento ao longo dos 4 trimestres fosse zero (nos dados com ajuste
sazonal). Portanto, se houver estabilidade no nível da série ao longo
desse período, a variação em relação a 2016 será de -0,7%. Para que o
Brasil cresça 0,5% em 2017, o crescimento médio a cada trimestre (em
relação ao período imediatamente anterior) deverá ser de 0,5%.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> 2º) Margem nula para estimular a economia através da política fiscal: o desequilíbrio das contas públicas deverá permanecer em 2017. A meta
com relação ao déficit no conceito primário, anunciado pelo governo, é
de R$ 139 bilhões. Se incluirmos as empresas estatais e estados e
municípios, o rombo esperado é ainda maior: R$ 143,1 bilhões. Por um
lado, o governo não deverá ampliar as desonerações fiscais e reduzir
outros impostos. Por outro, a vigência da PEC do Teto impede que o
tamanho dos gastos primários federais supere o IPCA acumulado ao longo
de 2016, de 6,28%.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> 3º) Mercado de trabalho deteriorado: as
demissões no mercado de trabalho formal deverão continuar em 2017,
ainda que em ritmo bem menos intenso em comparação com 2015 e 2016. Além
da destruição de postos de trabalho gerar impactos negativos sobre a
taxa de desemprego, a própria situação econômica desfavorável aumenta a
pressão dos que compõem a População Não Economicamente Ativa (PNEA) em
fazer parte da força de trabalho (PEA). Contudo, como a retomada ainda
deverá ser lenta, esse grupo deverá aumentar ainda mais o contingente
dos que são considerados desempregados. Também é importante frisar a
existência de uma defasagem entre o PIB e os movimentos do mercado de
trabalho, em decorrência dos elevados custos de contratação e demissão
de funcionários, além daqueles envolvidos com o treinamento da mão de
obra recém contratada.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> 4º) Demanda externa sem perspectivas positivas: o ritmo de crescimento das importações mundiais deverá continuar lento
em 2017. As mudanças no cenário dos acordos comerciais causados pela
dissolução do Acordo do Transpacífico (TPP) e da saída do Reino Unido da
União Europeia (<i>Brexit</i>) podem abrir espaço para o aumento das
exportações de setores onde há vantagem competitiva no Brasil, sobretudo
os relacionados à agroindústria. No entanto, ainda que isso ocorra, o
efeito resultante sobre o PIB não será significativo. Além disso, a
possibilidade de um acordo de livre comércio entre MERCOSUL e União
Europeia sofreu um duro golpe com o <i>Brexit</i>, de tal modo que a
continuidade dos trâmites entre ambos os blocos deverá sofrer atraso
considerável.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> Em suma, a retomada da economia brasileira será muito lenta e gradual.</span></span></div>
</div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-77889608615212405562017-01-18T14:54:00.002-02:002017-01-18T14:54:31.853-02:00A dieta socialista de Nicolás Maduro<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Segundo reportagem do site NPR, aproximadamente 80% dos venezuelanos
já perdeu peso por conta do agravamento da crise que atinge o país. É a
chamada "dieta do Maduro".</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> Quem sofre no curto prazo é a parcela
da população mais próxima da miséria. Entretanto, no médio e longo
prazos, essa conta chegará para muitos outros cidadãos, em função da
queda do número de nutrientes ingeridos a cada refeição. Não é exagero,
portanto, afirmarmos que se trata de uma polít<span class="text_exposed_show">ica assassina.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="text_exposed_show" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
A existência dos supermercados estatais, com preços tabelados pelo
governo, favorece ainda mais a existência dos mercados negros. Somente
quem espera ao longo de alguns dias nesses estabelecimentos tem acesso
às mercadorias. O custo da defasagem, no entanto, é pago pela sociedade
como um todo por causa da escalada da inflação, que atingiu 830% em
2016, de acordo com o Banco Central da Venezuela. O PIB, somente no ano
passado, caiu 23%.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> Aliás, como se sabe, a escalada persistente do
nível geral de preços é justamente mais prejudicial aos pobres; essa
casta, por definição, destina a maior parte (ou integralidade) de seus
recursos em consumo.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> Enquanto isso, militares do país traficam
comida e outros artigos básicos. Por um lado, o governo paga mais do que
o dobro da cotação internacional para que um navio descarregue milho no
país, por exemplo. Por outro, recebe pagamentos de propina que atingem,
em alguns casos, milhões de dólares.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> Tudo isso sem contar a
perseguição realizada contra os opositores, órgãos de imprensa e
empresários. Aqueles que tiveram a oportunidade já deram o melhor
presente para si: fugir do país. Infelizmente, os mais necessitados não
podem recorrer a esse expediente.</span></span></div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-54262871753732804112017-01-17T16:28:00.002-02:002017-01-17T16:28:36.522-02:00Série "perspectivas para 2017": taxa de câmbio<div style="text-align: justify;">
AVISO IMPORTANTE: qualquer análise honesta sobre a taxa de câmbio
envolve a discussão dos fatores que podem determinar a tendência futura
da cotação. Quem centra esforços na defesa intransigente de suas
projeções para essa variável só têm um único objetivo: enganar seu
interlocutor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após essa ressalva, vamos aos fatores que, no nosso entendimento, são relevantes para a trajetória do objeto de nossa análise.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
DESVALORIZAÇÃO:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A evolução do cenário inflacionário abriu espaço para que o ciclo de
redução da taxa de juros por parte do COPOM seja mais intenso do que o
previsto anteriormente. Tudo mais constante, o Brasil se torna
relativamente menos atrativo ao capital financeiro internacional. Como
resultado, a queda da demanda por Reais causa uma depreciação da taxa de
câmbio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entretanto, não podemos ver essa questão de maneira
isolada. Aqui, a variável-chave é o diferencial esperado entre os juros
nacionais e dos demais países. Devemos, portanto, permanecer vigilantes
no que tange aos desdobramentos da política monetária das principais
nações do mundo. No caso dos Estados Unidos, o mercado e os membros do
FOMC com poder de decisão sobre as fed funds já esperam três (ao invés
de dois) aumentos de juros ao longo de 2017, em função da expectativa
com relação ao plano de estímulo de Donald Trump para alavancar o nível
de atividade. O Dólar, portanto, se fortaleceria não somente pelo lado
monetário/financeiro, mas também pela atração de recursos produtivos que
visam se beneficiar do ambiente mais propício para a obtenção de
lucros. Por conseguinte, o incremento da demanda agregada pressionaria a
inflação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No front interno, o Dólar pode se desvalorizar muito
caso a política contamine ainda mais a economia. A “Operação Lava-Jato” e
a ação movida junto ao TSE para cassar a chapa Dilma-Temer pelo
recebimento de caixa-dois na campanha presidencial de 2014 são fontes de
grande incerteza que podem pressionar a cotação. A deterioração do lado
fiscal também pode contribuir para a desvalorização, diante da
aprovação de pautas que pressionam os gastos públicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
VALORIZAÇÃO:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Caso as medidas de Donald Trump não surtam o efeito previsto, o FED
deverá manter os juros baixos por mais tempo, visando dar suporte ao
crescimento. Sob essa última hipótese, o diferencial de juros, tudo mais
constante, seguiria ainda bastante alto entre o Brasil e o resto do
mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É importante lembrar que na maior parte dos países
desenvolvidos a política monetária é inversa ao dos EUA. A Zona do Euro,
em breve, deverá anunciar medidas de expansão da liquidez. Por sua vez,
o Japão, muito provavelmente, seguirá ampliando sua base monetária.
Diante de taxas de juros (de curto e de longo prazo) cada vez mais
baixas, os poupadores acabam buscando opções mais rentáveis de
investimento em outros locais, como o Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O crescimento mais
forte da China e o aumento da demanda por commodities favorecem a moeda
brasileira. Em situações como essa, onde a cotação dessas mercadorias é
pressionada, a receita em dólares para cada unidade exportada é maior.
Em função de sua relevância na pauta exportadora brasileira, o aumento
da oferta de Dólares acaba diminuindo a cotação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A taxa de câmbio
também pode apresentar uma valorização mais expressiva se o governo
consiga aprovar uma reforma da Previdência satisfatória, além de avançar
na agenda microeconômica para reduzir os custos de produção das
empresas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao longo de 2016, o Banco
Central interveio no mercado de câmbio quando a taxa de câmbio testava
limites inferiores a R$ 3,15 e superiores a R$ 3,45. No primeiro caso, a
autoridade monetária parece não desejar que o ajuste da economia
brasileira através do setor externo seja prejudicado: quanto mais
valorizada a cotação, maior o incentivo para as importações e o
desincentivo para as exportações. No segundo, o BC preocupa-se com o
efeito da desvalorização da taxa de câmbio sobre os índices de inflação
(efeito pass-through).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
CONCLUSÃO:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A complexidade do
cenário econômico no âmbito nacional e internacional permite apenas a
realização do exercício acima para especular o futuro da taxa de câmbio.</div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5712502141478976431.post-9212711563730688572017-01-04T11:41:00.001-02:002017-01-04T11:41:18.317-02:00Série "Perspectivas para 2017": o que esperar da inflação no Brasil?<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="asfq4-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="asfq4-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="asfq4-0-0" style="font-family: inherit;">Prezados amigos,</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="8gk95-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8gk95-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="8gk95-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="eakbd-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="eakbd-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="eakbd-0-0" style="font-family: inherit;">Não há assunto mais adequado para começar o ano do que as perspectivas para a economia brasileira e mundial em 2017. O texto abaixo, que versa sobre as expectativas com relação à inflação no Brasil, é o primeiro de uma série. Acompanhe e tire suas dúvidas conosco!</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="40ekl-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="40ekl-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="40ekl-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="3r5mr-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3r5mr-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="3r5mr-0-0" style="font-family: inherit;">INFLAÇÃO NO BRASIL: EVOLUÇÃO EM 2016 E PERSPECTIVAS PARA 2017</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="edpv3-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="edpv3-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="edpv3-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="5rf35-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5rf35-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="5rf35-0-0" style="font-family: inherit;">Após encerrar 2015 em 10,67%, o IPCA, índice que serve para balizar o sistema de Metas para a Inflação do Brasil, deverá encerrar 2016 abaixo de 6,5%, ou seja, dentro do intervalo de tolerância estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="fr2en-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fr2en-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="fr2en-0-0" style="font-family: inherit;">Entre os fatores determinantes para que o nível geral de preços crescesse de maneira mais lenta no ano passado em comparação com 2015 estão:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="sjen-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="sjen-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="sjen-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="9asru-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9asru-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="9asru-0-0" style="font-family: inherit;">1) Fim do processo de recomposição dos preços dos produtos monitorados: </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="3a00d-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3a00d-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="3a00d-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="2k1t3-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2k1t3-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="2k1t3-0-0" style="font-family: inherit;">Ao longo de 2013 e de 2014, o governo impôs uma série de controles artificiais de preços para tentar segurar a inflação, o que incluiu as tarifas de transporte público, energia elétrica, combustíveis, entre outros. A medida foi necessária porque a defasagem entre o preço de venda e os custos de produção impôs severos desequilíbrios financeiros às empresas prestadoras desse tipo de serviço. Caso os preços dos produtos com algum grau de controle por parte do estado não fossem reajustados, as firmas correriam o sério risco de encerrar suas atividades, acarretando prejuízos do ponto de vista social.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="bg9mn-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bg9mn-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="bg9mn-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="3n37u-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3n37u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="3n37u-0-0" style="font-family: inherit;">2) Fim do processo de realinhamento da taxa de câmbio:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="8e6e6-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8e6e6-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="8e6e6-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="cep75-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cep75-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="cep75-0-0" style="font-family: inherit;">A taxa de câmbio apresentou valorização de de 16,5% ao longo de 2016, fruto do processo de impeachment no Brasil e da redução da taxa de juros em escala global. Quanto mais o Real se valoriza, menor é o custo de cada unidade importada, o que gera uma inflação mais baixa.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="49pok-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="49pok-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="49pok-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="eidd0-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="eidd0-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="eidd0-0-0" style="font-family: inherit;">3) Recessão econômica:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="15urg-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="15urg-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="15urg-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="55ajh-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="55ajh-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="55ajh-0-0" style="font-family: inherit;">O PIB do Brasil deverá recuar 3,5% em 2016. Quanto mais a demanda encolhe, menos a inflação tende a crescer. Em situações como essa, é natural que as firmas reduzam seus preços para evitar que a procura por suas mercadorias caia muito.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="b9r1u-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b9r1u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="b9r1u-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="dq2ch-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dq2ch-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="dq2ch-0-0" style="font-family: inherit;">4) Fim do choque de preços sobre os alimentos:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="2kt0e-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2kt0e-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="2kt0e-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="1rlp1-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1rlp1-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="1rlp1-0-0" style="font-family: inherit;">Devido à existência de problemas climáticos, os preços dos alimentos cresceram de maneira intensa ao longo de boa parte de 2016, gerando impacto relevante por causa do grande peso desse grupo na composição do IPCA (aproximadamente 20% do total). Entretanto, ao longo dos últimos meses, a evolução desse componente foi bem mais comportada.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="j75i-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="j75i-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="j75i-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="11iku-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="11iku-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="11iku-0-0" style="font-family: inherit;">5) Descompressão dos preços dos serviços:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="dfrk3-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dfrk3-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="dfrk3-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="64ch2-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="64ch2-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="64ch2-0-0" style="font-family: inherit;">Os preços dos serviços desaceleram ao longo dos últimos meses de 2016 em resposta ao desalinhamento existente entre oferta e demanda no mercado de trabalho brasileiro provocado pela crise. Conforme já demonstrado nesse blog, <a href="http://econforreal.blogspot.com/2016/10/inflacao-de-servicos-e-mercado-de.html" target="_blank">existe uma relação negativa entre a taxa de desemprego e a inflação dos serviços</a>.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="ba5kr-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ba5kr-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="ba5kr-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="2tmbu-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2tmbu-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="2tmbu-0-0" style="font-family: inherit;">Em 2017, o IPCA deverá seguir desacelerando. Os motivos que sustentam essa hipótese são:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="bq6c9-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bq6c9-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="bq6c9-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="5u0rj-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5u0rj-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="5u0rj-0-0" style="font-family: inherit;">1) Limite para a expansão dos gastos do governo:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="4ma4l-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4ma4l-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="4ma4l-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="5lfuk-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5lfuk-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="5lfuk-0-0" style="font-family: inherit;">A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 estabelece um limite para o crescimento dos gastos primários da União. O avanço desses dispêndios está limitado à inflação (medida pelo IPCA) registrada no ano anterior. Considerando que o IPCA deverá fechar próximo a 6,5% em 2016 e próximo a 4,5% (de acordo com a projeção do Banco Central) em 2017, os dispêndios deverão ter incremento real de, aproximadamente, 2,0%. Esse valor é bem mais baixo do que o registrado na média entre 1999-2015, de 6,0%.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="e22m1-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="e22m1-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="e22m1-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="b2s6t-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b2s6t-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="b2s6t-0-0" style="font-family: inherit;">2) Baixo crescimento projetado da economia brasileira e permanência de um quadro de excesso de capacidade ociosa:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="fq8ps-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fq8ps-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="fq8ps-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="7nl3l-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7nl3l-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="7nl3l-0-0" style="font-family: inherit;">As projeções do Relatório FOCUS apontam para crescimento de apenas 0,5% em 2017. O excesso de capacidade ociosa (maquinário instalado nas empresas e mão de obra), aliado ao baixo crescimento da demanda agregada, contribuem para manter a inflação sob controle.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="dupjj-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dupjj-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="dupjj-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="53he6-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="53he6-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="53he6-0-0" style="font-family: inherit;">3) Taxa de desemprego bem acima da taxa natural, definida como aquela que não provoca pressões inflacionárias:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="4fl75-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4fl75-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="4fl75-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="bvjpn-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bvjpn-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="bvjpn-0-0" style="font-family: inherit;">Conforme já demonstrado por esse blog, <a href="http://econforreal.blogspot.com/2016/06/quando-taxa-de-desemprego-deve.html" target="_blank">existe uma defasagem entre o PIB e o mercado de trabalho</a>. Ou seja, somente após alguns trimestres de crescimento econômico é que deveremos observar uma melhora na geração de emprego e, consequentemente, da taxa de desocupação. Diante desse quadro, a inflação de serviços deverá seguir crescendo menos do que a média histórica recente.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="d88oq-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="d88oq-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="d88oq-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="ca93t-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ca93t-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="ca93t-0-0" style="font-family: inherit;">4) Ganho de credibilidade da autoridade monetária:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="289al-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="289al-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="289al-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="2saa2-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2saa2-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="2saa2-0-0" style="font-family: inherit;">A troca dos integrantes do COPOM em 2016 por membros de reconhecida capacidade junto ao mercado e a melhora na comunicação dos seus objetivos facilitaram a "ancoragem" das expectativas.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="5ukld-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5ukld-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="5ukld-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="3buik" data-offset-key="94v8p-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="94v8p-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="94v8p-0-0" style="font-family: inherit;">O balanço de riscos para a inflação é positivo em 2017, levando em consideração os fatores apontados. A tendência, portanto, é de que o IPCA encerre o presente ano próximo do centro da meta. </span></div>
</div>
Oscarhttp://www.blogger.com/profile/10440991291276306823noreply@blogger.com0